A IMPORTÂNCIA DO ATO DE TOCAR NO DESENVOLVIMENTO AFETIVO

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O TOQUE AFETIVO
O toque suave e afetivo é essencial na construção do vínculo mãe/bebê. A vinculação se inicia através do olhar e do contato corporal. Mãos e braços são prolongamentos do tórax, região onde está localizado o coração, símbolo do amor. O toque tem uma qualidade energética e transmite ao outro os verdadeiros sentimentos experimentados na relação. Pelo toque se reconhece o outro e ajuda na formação da autoestima. Se os pais tocam nos filhos de modo carinhoso passam uma mensagem de amor que promove na criança uma sensação de conexão e de inclusão na família e na comunidade humana. Há vários tipos de toque e cada um deixa marcas psicocorporais acompanhadas de registros de amor ou desamor, de proteção ou descuido, de indiferença ou frieza. A expressão corporal não engana e precisa estar consonante com a palavra. Quando estes dois canais de comunicação estão dissonantes a mensagem corporal tem muito mais força. Tocar o outro significa, atingir, criar uma conexão, estabelecer uma relação, fazer-se presente, reconhecer e ser reconhecido em sua alteridade. Mas, o toque pode também ser devastador e produzir contração e dificuldades na interação, especialmente quando invasivo, hostil, sedutor, raivoso. Por outro lado, a ausência de toque pode gerar uma sensação de frieza ou deserto afetivo, ocasionando danos na formação das crianças. Conectar o coração aos pontos de contato com o ambiente possibilita tocar o coração do outro num encontro humano, silencioso e profundo. grace@libertas.com.br 

Fonte:https://www.libertas.com.br/o-toque-afetivo/
Os grandes benefícios de um simples toque afetuoso
Um toque afetuoso, caracterizado por uma carícia lenta, é um gesto muitas vezes instintivo de uma mãe para um filho ou entre parceiros em relacionamentos românticos. Agora, um novo estudo publicado em Frontiers of Psychology afirma que ele pode aumentar a capacidade do cérebro de construir um sentimento de posse do corpo e, por sua vez, desempenhar um papel na criação e manutenção de uma autoimagem saudável.
52 adultos saudáveis participaram da pesquisa, que usou uma técnica experimental comum conhecida como “ilusão da mão de borracha”, em que os cérebros dos voluntários são levados a acreditar que uma mão de borracha estrategicamente posicionada é a sua própria.
Conforme os participantes veem a mão de borracha sendo afagada em sincronia com a sua própria, eles começam a pensar que a mão falsa lhes pertence. Esta técnica demonstra a natureza variável da percepção do corpo pelo cérebro.
O toque afetivo, caracterizado pela velocidade lenta de estimulação tátil da pele (entre 1 e 10 centímetros por segundo), já foi relacionado com emoção positiva no passado. Estudos também descobriram que ele pode melhorar os sintomas de ansiedade. Além disso, o toque feminino pode dar mais coragem a um homem, e segurar a mão de uma pessoa amada tem um poder calmante. Por fim, pesquisas também afirmam que o toque pode ter um efeito negativo (dar um tapinha nas costas de alguém pode ser visto como colocar a pessoa em posição submissa, por exemplo).
Desta vez, a equipe liderada pela Dra. Aikaterini (Katerina) Fotopoulou, da Universidade College London (Reino Unido), queria testar se o toque afetivo poderia influenciar a compreensão do próprio corpo de uma pessoa.
A equipe adaptou a técnica da “mão de borracha” para incorporar quatro diferentes tipos de toque, incluindo um sincronizado e um não sincronizado lentos e afetivos, e um sincronizado e um não sincronizado mais rápidos e neutros.
Os participantes também foram convidados a preencher um questionário padronizado para medir a sua experiência subjetiva durante o experimento.
Os resultados confirmaram descobertas anteriores de que o toque lento é percebido como mais agradável do que o rápido. Mais importante ainda, o estudo demonstrou que a estimulação tátil lenta tornou os participantes mais propensos a acreditar que a mão de borracha era a sua própria.
A percepção do toque afetivo no cérebro é apenas um de vários sinais interoceptivos que nos ajudam a monitorar a homeostase (estado de estabilidade ou equilíbrio do organismo em relação a funções e composições químicas que fazem parte do corpo).
O novo estudo fornece evidências para apoiar a ideia existente de que os sinais interoceptivos, tais como o toque afetivo, desempenham um papel importante na forma como o cérebro constrói uma imagem mental e uma compreensão do corpo, o que, em última análise, ajuda a criar um “sentido de eu”.
Sensibilidade e conscientização diminuídas dos sinais interoceptivos já foram associadas a problemas de imagem corporal, dor inexplicável, anorexia nervosa e bulimia.
“O toque afetivo é normalmente recebido de um ente querido, então estes resultados destacam como relações estreitas envolvem comportamentos que podem desempenhar um papel crucial na construção de uma autoimagem”, explica Laura Crucianelli, uma das pesquisadoras do estudo.
“O próximo passo para a nossa equipe é examinar se a privação de sinais sociais, como o toque afetivo de um dos pais durante o desenvolvimento precoce, pode levar a alterações na formação de uma imagem corporal e um senso de si mesmo saudáveis, por exemplo, em pacientes com transtornos alimentares, como anorexia nervosa”, concluiu a Dra. Fotopoulou.
Impulsionar uma consciência e senso de propriedade do corpo em um indivíduo pode ser a chave para o desenvolvimento de futuros tratamentos para algumas dessas condições, e a sensação de “toque afetivo” poderia desempenhar um papel importante. [MedicalXpress]

Fonte:https://hypescience.com/os-grandes-beneficios-de-um-simples-toque-afetuoso/

A importância do ato de tocar

2004 
selfpsicologia@mogi.com.br 
Psicólogo e psicoterapeuta, desenvolve projetos e trabalhos para crianças e adultos, tendo por base o autodesenvolvimento e a psicologia preventiva.











Resumo
O ato de tocar é um comportamento que pode conter alguns elementos fundamentais para o desenvolvimento do ser humano, principalmente as crianças, desde a vida intra-uterina, proporcionando bem estar físico, emocional e social. A qualidade do toque na vida infantil pode gerar tendências positivas no decorrer do seu crescimento, levando-a a formação de uma personalidade terna e amorosa.

Introdução
Este trabalho apresenta algumas idéias acerca da importância do ato de tocar, desde os primeiros e fundamentais momentos de nossa existência e dentro do processo do viver, continuamente, atribuindo a este contato o valor extraordinário de desenvolvimento que lhe é pertinente, físico, emocional e social.
A pesquisa histórica bem ilustra o quanto se perdeu por tanto tempo na não observância deste elemento colaborador: o toque. Contudo, ao tomarmos contato com os levantamentos já realizados, nos surpreendemos, a ponto de estimular a nossa vontade de enriquecer as nossas vidas através do simples comportamento de tocar cada vez mais o outro, com carinho e amor.

A importância do toque
Conforme Montager (1988) no século dezenove, uma grande quantidade de bebês morria durante o primeiro ano de vida, geralmente de marasmum, (do grego: definhar). Na década de vinte nos Estados Unidos a taxa de mortalidade para bebês com menos de um ano em diversas instituições e orfanatos era muito próxima a cem por cento.
Em 1915 o Dr. Henry Dwight Chapin, um pediatra famoso de Nova Iorque, relatou assustadoras informações sobre bebês com menos de dois anos de idade que morriam, excluindo uma única instituição que não seguia esta regra. Dr. Chapin introduziu o sistema de externato para os bebês do orfanato, ao invés de deixá-los definhar na aridez emocional das instituições. Foi contudo, o Dr. Fritz Talbot, de Boston, que trouxe a idéia do "Cuidado Terno, Amoroso", que ao visitar a Alemanha, após a Segunda guerra mundial, ficou muito impressionado ao observar na clínica de crianças em Dusseldorf que mantinha um padrão de higiene e beleza para acomodar as crianças, mas que apesar disto, quando uma criança não respondia aos tratamentos médicos; esta era entregue aos cuidados de uma ama, que cuidava dos bebês com carinho e os mantinha próximo ao seu corpo, promovendo na maioria dos casos a recuperação destes.
Em pesquisas realizadas após a Segunda guerra mundial, ficou evidente que a causa do marasmo estava relacionada à falta de amor e no tocar as crianças. Tais evidências se apresentavam por meio de crianças que conseguiram superar as dificuldades de privação material, mas que por outro lado, recebiam amor de mãe em abundância, e, em contrapartida, lares e instituições considerados “favoráveis”, do ponto de vista de recursos materiais, porém, onde a mãe não era boa, apresentaram o marasmo. Através dos resultados das pesquisas percebeu-se que para as crianças se desenvolverem bem, elas precisam ser tocadas, acariciadas, levadas no colo, conversar carinhosamente com elas. A criança resiste à ausência de muitas outras coisas, desde que exista o toque amoroso.
Supõe-se que para o bebê pequeno, segundo Montager (1988) o mais importante são as sensações da pele e a sensação cinestésica (sensibilidade aos movimentos) e são acalmados prontamente com palmadinhas leves e com calor, e choram em resposta a estímulos dolorosos e ao frio. É por meio de seus receptores localizados nas articulações musculares que o bebê recolhe as mensagens, a respeito do modo como o pegam, mais do que apenas a pressão exercida sobre a pele, que lhe transmitem o que sente por ele a pessoa que o está carregando.
O bebê discrimina adequadamente, de forma parecida ao adulto, o caráter de uma pessoa a partir da qualidade do seu aperto de mão. Os bebês nascem com este sentido cinestésico e, se levarmos em conta as experiências pelas quais passam em seu início de vida; podemos inferir sobre a idéia de que uma parte do modo como o comportamento se coloca corporalmente se devem à estimulação exteroceptiva da pele; por eles percebidos.

Tocar e sentir
Observar, ver é uma forma de tocar a distância, mas é por meio do tocar que verificamos e confirmamos a realidade. O tato atesta a existência de uma realidade objetiva, no sentido de que é alguma coisa fora, que não eu mesma. As pontas dos dedos do bebê lhe fornecem a existência de um universo, levando-o ao desenvolvimento da consciência de seu próprio corpo e o da mãe, constituindo o seu meio primário e fundamental de comunicação; a sua forma de entrar em contato com outro ser humano, estabelecendo-se ai a gênese do toque humano.
Os bebês sempre emitem comportamentos com a finalidade de manter o seu contato com a mãe. Quando o bebê é frustrado nesta busca de contato acaba por valer-se de outros recursos, tais como chupar seus dedos, agarrar parte de si mesmo, balançar-se. Estes comportamentos são uma regressão à estimulação pelo movimento passivo que experimentou na vida intra-uterina. Os seres humanos se tornam adultos ternos, amorosos e carinhosos a medida em que recebem muitos cuidados em seus primeiros anos de vida.

O valor da massagem
A massagem é uma forma ampliada de tocar com qualidade, proporcionando descanso em partes ou no corpo todo. A massagem é bastante adequada aos bebês, uma vez que saíram de sua posição fetal e precisam alongar os seus músculos, abrir as juntas e coordenar seus movimentos, habilitando-o melhor para as habilidades físicas. Ela ainda beneficia a freqüência cardíaca, a respiração e a digestão.
As mães encontram ganhos positivos nestes contatos, a exemplo da ajuda que ocorre na secreção de “hormônio da maternidade”; a prolactina, que auxilia na produção de leite e na capacidade de relaxar. As mães acabam se sentindo mais seguras através da percepção de sua capacidade em proporcionar benefícios para o bebê, obtendo deles boas respostas.
Shantala é o nome da técnica de massagem para bebês usada há milhares de anos na Índia. Foi o Dr. Frederick Leboyer, obstetra francês que observou, em Calcutá, uma mãe massageando seu bebê e trouxe ao mundo ocidental tais informações. Encantado com a força do momento, batizou a seqüência de movimentos com o nome daquela mulher: Shantala; que é uma arte de dar amor e uma técnica

O toque na vida social e afetiva do bebê na visão Piagetiana
Rodrigues (1989) nos diz a respeito do período "sensório-motor" de Jean Piaget, “na vida social e afetiva do bebê de 0 a 2 anos de idade, onde há os sentimento interindividuais – Com o domínio da noção de objeto permanente, há uma separação do eu corporal, em relação ao outro, dando início a um sistema de trocas sociais e afetivas. Essas trocas, porém, não são genuinamente sociais, pois são calcadas, sobretudo, na imitação de gestos. Assim, a imitação do ato da mãe de tocar o rosto do bebê gera-lhe prazer e leva a criança a repetir este gesto na própria mãe.”
De acordo com Bee (1997) o contato imediato após o parto parece aprofundar a capacidade de a mãe (e talvez também do pai) responder em relação ao bebê. Alguns psicólogos acreditam que a capacidade de formação de vínculo social é resultado da maturação e que deve ocorrer algum relacionamento logo no início da vida da criança se quiser que esta seja capaz de, mais tarde, formar vínculos significativos.
Os bebês têm que sugar com vigor para que o leite continue a ser produzido em boa quantidade. As mães devem ter o desejo de amamentar. Uma mãe que amamente por sentir que deve e não porque o queira irá sentir-se tensa. Quando as mães se acham perturbadas, os bebês também mostram sinais de aflição. Por outro lado, os bebês de mães tranqüilas tendem a ser calmos. A saúde emocional da mãe e do bebê é mais bem proporcionada por tudo que gere maior prazer entre ambos.
O bebê sinaliza as suas necessidades por meio do choro ou do sorriso, reagindo conforme os pais respondem aos seus apelos, levando-o ao colo, acalmando-o. Tais comportamentos são fundamentais para a formação de vínculos e estabelecimento de elo afetivo familiar, que é uma segunda etapa, posterior ao contato inicial pós-parto.
Com relação a bebês prematuros e com baixo peso, que correspondem a vinte milhões do nascimento anual no mundo, um terço deles morre antes de completar um ano de vida. Tal fato levou muitos estudiosos (Charpak, 1997) a pesquisas e discussões permanentes, obtendo respostas que sinalizam o contato da pele entre o bebê prematuro e sua mãe; o que se denominou de método “Mãe Canguru“ representando um modelo eficaz de atendimento a este bebê com relação à melhoria da qualidade de vida. O recém-nascido é retirado da incubadora e permanece junto ao colo da mãe, com a cabeça encostada no seu coração, favorecendo os batimentos cardíacos, a temperatura e a respiração. Além de manter o bebê inclinado, impedindo o refluxo do alimento para o pulmão e permitindo um maior contato com a mãe, viabilizando o aleitamento materno, que alimenta o bebê e protege-o contra infecções.
Na visão de Winnicott (1993) encontramos que a capacidade das mães em dedicar a seu filho toda a atenção que ele precisa, atendendo suas necessidades de alimentação, higiene, acalanto ou no simples contato sem atividades, cria condições necessárias para a manifestação do sentimento de unidade entre duas pessoas.
Da relação saudável que ocorre entre a mãe e o bebê, constitui-se a subjetividade do sujeito, conforme Winnicott (1999), ao se referir ao desenvolvimento emocional-afetivo da criança. No primeiro ano de vida, o bebê mantém uma relação visceral com a mãe, onde ele a considera como uma extensão de seu próprio corpo, até acontecer à divisão do “não-eu” e do “eu” do bebê. Para que haja uma boa formação psíquica deste bebê, é preciso que esta mãe e o ambiente que lhe cerca sejam suficientemente bons, Winnicott, evitando assim “falhas” ou carências, que podem gerar grande ansiedade, que por sua vez, pode comprometer a constituição da sua subjetividade.
Encontramos ainda em Winnicott (1982) que, a mãe, ao tocar, manipular o bebê, aconchegá-lo, falar com ele, acaba promovendo um arranjo entre soma e psique e, principalmente ao olhá-lo, ela se oferece como espelho onde o bebê deve se ver. A forma como esta mãe olha o bebê (expressão facial) devolve a ele a sua imagem corporal, como forma de comunicação.
O ato de tocar se insere em alto grau de importância desde a convivência gestacional e posterior a ela, onde o contato da mãe com o seu bebê; já implica em momentos favorecedores na formação da criança. O toque imediato após o parto, estabelecendo o vínculo entre mãe e bebê; o toque na amamentação, gerando trocas positivas entre ambos, e evitando a tensão que possa ocorrer conforme o estado emocional presente, e ainda, a geração de bem estar na mãe, ao perceber o tipo de ajuda favorável que oferece ao seu filho. Encontramos também o valor do contato entre mãe e bebê prematuro assinalado no método Canguru, o qual demonstra os benefícios obtidos deste tipo de relação inicial.
No campo físico, o tocar viabiliza o bom funcionamento da respiração e digestão, entre outros pontos. No desenvolvimento psíquico e social fica evidente a relevância do tocar, principalmente se através dele, é possível estabelecer um vínculo melhor entre a mãe (ou quem cuida) e o bebê, gerando assim uma tendência na criança, de criar e manter outros vínculos mais seguros ao longo de sua vida social. O bebê, por encontrar um contato desta magnitude em sua formação inicial, vai formando uma personalidade sadia e percebe o mundo de forma agradável, sentindo-se aceito e bem quisto com o passar do tempo, formando então, uma boa auto-estima, instrumento imprescindível na conquista do mundo que vai se desvelando conforme avança em seu crescimento e na manutenção das relações que vai estabelecendo com as outras pessoas.
A comunicação é fator relacionado ao tocar, uma vez que o bebê percebe, por meio de respostas de contato com o outro, a forma como é tocado, mediante os seus apelos de cuidados. O contato da relação proporciona as impressões de comunicação dos dois lados: mãe e bebê, os quais, acabam interagindo, cada vez mais, conforme avançam nesta troca, levando, conseqüentemente, a constituição do sentimento de unidade.
Encerramos este trabalho, certos de que há a necessidade de tocarmos com carinho os bebês no cotidiano e, conseqüentemente, a criança que se desenvolve posteriormente. É possível ainda compreender, dentro da perspectiva de contínuo desenvolvimento, que o tocar é importante para o jovem, o adulto e o idoso, que são apenas um ser humano, em suas diferentes dimensões com relação ao tempo. Este tocar carrega em si numerosos benefícios em forma de estímulos que geram um melhor desenvolvimento físico, emocional e social, potencialmente gerador de uma personalidade terna e amável no adulto posteriormente. O que talvez esteja emperrado no momento seja a falta de hábito e não, pura e simplesmente, o desconhecimento sobre o tema e suas conseqüências. O trabalho necessário por hora é o de agregar estas duas informações, uma teórica (informação) e outra prática, despertando a necessidade do hábito (o tocar), aumentando a chance das crianças quanto a um melhor desenvolvimento.

Referências
BEE, Helen. O ciclo vital. Porto Alegre: Editora Artes Médicas, 1997.
CHARPAK N, Figueroa Z, Hamel A. El Método canguro. Colombia Bogotá: Interamericana-McGraw-Hill, 1997.
FARIA, Anália Rodrigues. O desenvolvimento da criança e do adolescente segundo Piaget. São Paulo: Editora Ática, 1989.
MONTAGER, Ashley. Tocar: O significado humano da pele. São Paulo: Editora Summus, 1988.
WINNICOTT, Donald Woods. O ambiente e os processos de maturação. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 1982.
________. Os bebês e suas mães. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
________. A família e o desenvolvimento individual. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

Fonte:http://www.psicologia.pt/artigos/ver_artigo.php?codigo=A0179&area=d4&subarea

Reportagem: Patrícia Affonso / Edição: MdeMulher

O poder do afeto no desenvolvimento da criança

Cobrir seu pequeno de carinhos é tão importante quanto cuidar da saúde dele. Pesquisas recentes confirmam o valor fundamental do vínculo afetivo com consequências para toda a vida


Ao serem questionados pelos pesquisadores, apenas 19% dos pais disseram que brincar, passear e conversar com o filho está entre as suas prioridades
Foto: Getty Images
Você já abraçou, beijou e brincou com o seu bebê hoje? Acredite: além de prazerosas, essas atitudes contam muito no desenvolvimento da criança na primeira infância – de 0 a 3 anos. Os estímulos de carinho devem começar antes mesmo de o bebê nascer, mas muitas mães não sabem disso. A maioria acha que cuidar da saúde, nessa fase, é só o que importa – esquecendo o lado emocional.
Ao menos foi o que constatou uma ampla pesquisa sobre a percepção do desenvolvimento na primeira infância, divulgada recentemente. O estudo, realizado pelo Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) em parceria com a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (SP) ouviu mais de 2 mil pessoas em 18 capitais brasileiras. O resultado: para 51% dos pais, a prioridade é levar o pequeno ao pediatra regularmente e dar as vacinas recomendadas. Na sequência, 45% dos entrevistados relataram a importância de amamentar o bebê, e 31% apontaram a necessidade de oferecer alimentação adequada. No entanto, é por meio das brincadeiras, dos passeios e do diálogo que o bebê descobre o mundo e aprende. “É o carinho dos pais que dá à criança o suporte necessário para encarar essa imensidão de novidades com curiosidade, coragem e segurança”, diz o neuropediatra Saul Cypel, consultor da fundação envolvida na pesquisa, ou seja: cuidar da saúde física e psicológica em conjunto é o que garante que o pequeno se desenvolva integralmente e exercite todo o seu potencial.
Ele precisa de beijinhos
Ao serem questionados pelos pesquisadores, apenas 19% dos pais disseram que brincar, passear e conversar com o filho está entre as suas prioridades – e só 12% apontaram que, para crescer saudável, a criança precisa receber afeto. Muitos deles, segundo o neuropediatra, chegaram a dizer que não dedicavam esse tipo de atenção aos filhos pequenos porque acreditam que eles só começam a entender e aprender depois dos 6 meses. “Isso é um erro!”, protesta Saul. “Ainda no útero, por volta da 15ª semana de gestação, o aparelho auditivo do bebê já está bem formado e ele pode ouvir sons e reconhecer a voz da mãe. Conversar e cantar para ele nessa fase repercute positivamente na sua evolução”, garante o médico. Depois do parto, com todos os sentidos funcionando e em pleno desenvolvimento, a capacidade de absorver o que há de novo fica ainda mais aguçada. E a presença da mãe, claro, age como um bálsamo.
Toque mágico
Um estudo realizado pela psicóloga americana Tiffany Field, fundadora do Touch Research Institute (Instituto de Pesquisa do Toque), mostrou que os bebês que recebem toques, massagens e gestos de carinho das mães nos primeiros quatros meses de vida são mais sorridentes e choram menos. Pesquisa da Duke University (EUA) reforça essa teoria. O estudo concluiu que a construção de um vínculo afetivo intenso com a mãe diminui os níveis de stress, ansiedade e hostilidade da criança, tornando-a mais preparada para lidar com as pressões do mundo adulto. “Quanto mais o filho conta com a presença e o carinho da mãe, mais ele ganha estabilidade emocional”, diz a psicóloga Dina Azrak (SP), autora do livro A Linguagem da Empatia – Métodos Simples e Eficazes para Lidar Com Seu Filho (Ed. Summus). Perceber que recebe a atenção dos pais durante os cuidados básicos, como banho, alimentação e trocas, já transmite ao bebê a sensação de que ele é amado. “Um bom exemplo disso é a amamentação. A mãe que aproveita bem esse elo não apenas nutre a criança como passa segurança para ela”, diz Saul. O primeiro passo para estabelecer um vínculo emocional forte é aproveitar esses momentos. Ainda que seu filho seja pequeno, conte historinhas, cante, sempre olhando nos olhos dele! Essa comunicação vai ajudá-lo no futuro a estabelecer o significado das coisas e desenvolver o vocabulário. Participe também das brincadeiras, estimulando a criatividade dele. “Ao brincar, a criança desenvolve as habilidades físicas, o raciocínio, as emoções, a socialização. É uma oportunidade de despertá-la para muitos aspectos”, explica a educadora Adriana Friedmann (SP), autora do livro A Arte de Brincar (Ed. Vozes). Para quem diz que não tem tempo para tanto, a expert dá um recado: “Melhor pouco tempo juntos, mas vivido intensamente, do que muito tempo sem qualidade. Quando estiver com o seu filho, esteja por inteiro”, recomenda Adriana.
Fonte:https://mdemulher.abril.com.br/familia/o-poder-do-afeto-no-desenvolvimento-da-crianca/
Mãe; bebê; vínculo (Foto: Thinkstock)

Desenvolvimento afetivo


Descubra como acontece e a importância do vínculo com os pais para que o bebê conquiste o mundo


O bebê humano é um dos mais dependentes da natureza. Enquanto demoramos pelo menos um ano para dar os primeiros passos, muitos animais são capazes de fazê-lo pouco depois do nascimento. E a demanda para que nos desenvolvamos plenamente vai além dos cuidados básicos de saúde e nutrição: também precisamos de afeto. Inúmeros estudos mostram que crianças que não recebem atenção correm maiores riscos de desenvolver problemas sociais e de comportamento ao crescer. Um dos mais expressivos foi realizado com crianças de orfanatos da Romênia nos anos 1990 pelos cientistas norte-americanos Felton Earls e Maya Carlson. Na época, os pesquisadores observaram que os órfãos apresentavam níveis de cortisol (hormônio relacionado ao estresse, prejudicial ao cérebro quando em excesso) semelhantes aos de crianças que passaram por situações traumáticas nos primeiros anos de vida, além de dificuldade para se comunicar.
A explicação se resume a uma palavra: vínculo. O apego com os primeiros cuidadores (em geral, os pais), é necessário para que conexões cerebrais relacionadas às emoções e à cognição sejam ativadas, de modo que o bebê perceba, aos poucos, que
o mundo é um lugar seguro. “À medida que tem suas necessidades – tanto as físicas quanto as emocionais – supridas, ele começa a entender que é amado, que pode confiar e que merece o amor dos outros. E essa percepção influenciará seus relacionamentos no futuro”, explica a psicóloga infantil Márcia Bignotto, cuja tese de doutorado aborda a influência e o controle do estresse na infância.
A criação de tal vínculo pode começar ainda na gravidez, já que, mesmo antes de nascer, a saúde do feto é influenciada pelo organismo materno por meio de reações fisiológicas. No entanto, a ligação será fortalecida no dia a dia, inicialmente com estímulos sensoriais, como o cheiro, a voz e, principalmente, o toque. “O contato pele a pele na infância facilita o apego entre o bebê e seus cuidadores”, explica a pediatra Tiffany Field, diretora do Instituto de Pesquisa do Toque, ligado ao Departamento de Pediatria da Escola de Medicina da Universidade de Miami (EUA). É algo que os pais já sabem e fazem intuitivamente.
E o que mais estaria ao alcance de pais e mães? O psiquiatra Guilherme Polanczyk, professor de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Faculdade de Medicina da USP e membro do Núcleo de Ciência Pela Infância da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (SP), compara os pais a um andaime, cujo papel é oferecer apoio e segurança para a construção de um novo ser.
O papel de cada um
Sabia que, ao nascer, o bebê acredita que ele e a mãe são a mesma pessoa? Essa percepção vai até os 6 meses, em média, quando ele se dá conta de que são corpos diferentes. “Como ainda não tem a capacidade de regular e interpretar suas emoções, é a mãe quem fará esse papel pela criança no início”, afirma Polanczyk. O pai, certamente, também é protagonista nessa história.
Para a psicóloga Lália Dayse Farias, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (RJ), além do vínculo, a figura paterna é importante para a identificação de gênero, já que é a primeira referência masculina da criança (seja ela menina ou menino). Para começar a presença dele no pré-natal trará confiança à gestante e, por consequência, ao bebê. Ele pode também ajudar a dar banho, a trocar fraldas e a pôr a criança na cama, só para citar alguns exemplos comuns. “Mas para que isso aconteça, a mãe deve envolvê- lo e autorizá-lo (isso mesmo!), já que muitas mulheres não abrem mão dos cuidados do filho”, ressalta.
Ele sorriu pra mim!
A interação com as pessoas e com o ambiente será essencial para moldar o desenvolvimento emocional do seu filho. E as emoções acontecem no cérebro – sendo que há diferentes regiões desse órgão envolvidas no processo. A parte responsável por reconhecer situações de perigo, por exemplo, é a amídala; já a que desencadeia uma reação de defesa nessa situação é o córtex pré-frontal.
Aos 2 meses de idade, em média, surge o primeiro sorriso social (isto é, em resposta a sensações prazerosas). Aos 4, o bebê é capaz de seguir objetos e pessoas com o olhar, além de estender a mão em direção ao que lhe interessa. Pendure um móbile (a 25 cm de distância, para que ele consiga focá-lo melhor) sobre o berço ou o trocador, para estimular tais habilidades. Quando já percebe que ele e a mãe não são um ser único, tem início a fase conhecida por “ansiedade da separação”, em que mesmo aqueles mais acessíveis tendem a estranhar as pessoas e a chorar quando a mãe se distancia. Já aos 12 meses, a criança compreende quando é chamada pelo nome, reconhece a própria imagem no espelho e percebe o conceito de permanência dos objetos (ou seja, eles existem mesmo que ela não os veja). Que tal, então, brincar de “cadê, achou” com o seu filho para ajudá-lo a assimilar de forma divertida essa ideia?
Ação e reação
Ainda no primeiro ano de vida, ele aprenderá noções de causa e efeito. Assim, sabe que, se fizer algo errado, haverá consequências – por exemplo, se machucar ao colocar o dedo na tomada. Nessa fase, o comportamento é cunhado pelo social, com a intenção de agradar pais e cuidadores. “Por fim, as áreas do lóbulo frontal do cérebro, responsáveis pelas funções executivas (capacidade de planejamento e execução), só terminam de amadurecer na vida adulta”, explica a neuropediatra Heloísa Pereira, chefe do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Uerj. Daí a dificuldade de a criança saber esperar, por exemplo.
Então quer dizer que, se o bebê ainda é imaturo física e emocionalmente, não adianta ensiná-lo a aguardar a vez, a organizar os brinquedos e a dividir? Nada disso. Como a criança é naturalmente egocêntrica ao nascer, os limites estabelecidos pelos pais vão lhe mostrar que o mundo não gira em torno dela.
Nos primeiros mil dias de vida, os limites basicamente se resumem à rotina – sono, alimentação, lazer. A previsibilidade das atividades cotidianas, considerando que tudo é novidade nessa fase, também trará segurança ao bebê. “O ‘não’ tem de ser dito com firmeza e carinho ao mesmo tempo, olho no olho, com a atenção totalmente voltada a ele e não à TV ou ao celular”, exemplifica a pedagoga e psicanalista Edileide Castro, autora de Afetividade e Limites (Editora Wak). Aprender a lidar com frustrações, afinal, é um dos aspectos fundamentais para o autocontrole.
Com mais crianças
O amadurecimento emocional, obviamente, também se estabelece fora do eixo familiar. Nos primeiros anos de vida, entretanto, o contato com outras crianças é um desafio e tantopara elas. “Isso porque ao mesmo tempo em que apreciam a companhia umas das outras, elas também se enxergam como concorrentes. É um conflito: querem brincar, só que não vão dividir o brinquedo”, observa a pedagoga Edileide. Nesse contexto, a escola surge como um espaço de socialização importante, principalmente por ser frequentada cada vez mais cedo e em tempo integral – e sua função é intermediar as possíveis disputas.
Ainda que seu filho não saiba falar, fique tranquila, ele dá sinais de que está feliz desde cedo. Entre os principais indícios estão o interesse pelo novo, a vontade de explorar o ambiente e, claro, a alegria. “Uma criança emocionalmente saudável brinca”, resume a pedagoga Neide Noffs, coordenadora da Faculdade de Educação da PUC-SP.
Para confirmar as evidências de que está tudo bem, o pediatra irá avaliar a criança integralmente, isto é, tanto sob os aspectos motores, quanto pela maneira como ela se comunica e interage com os outros. “Essas características estão interligadas e influenciam umas às outras. Uma criança com atraso na linguagem, por exemplo, pode ter dificuldade para se socializar”, afirma a neuropediatra Heloísa, da Uerj. Tanto que, hoje em dia, considera-se a chamada inteligência emocional, ou seja, a capacidade de administrar as emoções para alcançar objetivos, tão relevante quanto a cognitiva. A boa notícia é que, com a sua ajuda, seu filho é capaz de desenvolver bem tanto uma quanto a outra, tornando-se uma pessoa mais completa e feliz.
Fonte:https://revistacrescer.globo.com/Os-primeiros-1000-dias-do-seu-filho/noticia/2015/01/desenvolvimento-afetivo.html

“Eu não sinto!” – Toque e afetividade, qual a relação?


O tato é o primeiro canal de comunicação do indivíduo com o mundo. É através do toque que o bebê sente que existe algo além dele mesmo, que percebe sensações como frio, calor, que identifica se o toque lhe dá prazer ou dor. A pele é o órgão responsável por receber o toque, é através dela que as sensações são recebidas e identificadas.
As sensações que cada indivíduo tem ao ser tocado estão relacionadas ao modo como ele recebeu carícias na infância. Assim como todos os mamíferos, os bebês humanos possuem a necessidade de se sentirem seguros e aconchegados, e a forma como buscam a satisfação desta necessidade é através do contato próximo com outro, e que se dá principalmente com os seus genitores. Assim, será através das carícias que o bebê obterá o afeto e a intimidade que precisa, já o alimento e a tonalidade da voz dos pais, por exemplo, serão complementos e reforçadores destas carícias, justamente porque a pele é o primeiro plano da consciência humana.
O ser humano por possuir capacidade simbólica de interpretar e dar significado às suas experiências, consegue dar significado ao toque, simbolizar e interpretar por exemplo um aperto de mãos ou um cafuné, uma massagem, um beijo, uma relação sexual, sendo que este significado será dado de acordo com os limiares de prazer e desprazer que as sensações trazem.
Se você, quando criança caiu e machucou os joelhos e pediu para a mãe cuidar dos ferimentos, sabe o quanto o toque alivia dores. Se você já perdeu alguém e no momento do sofrimento recebeu um abraço, sabe o quanto o toque pode confortar. Se você já sentiu muito medo de enfrentar uma situação e naquele momento teve uma mão para segurar a sua, sabe o encorajamento que o toque traz.
Contudo, não são todos os indivíduos que conseguem integrar o ato de  tocar com os sentimentos. Para algumas pessoas, tocar e ter sentimentos são canais totalmente diferentes onde um independe do outro. A falta de contato corporal ainda nos primeiros anos de vida contribui para a dissociação do sentir e do pensar, estruturando desta forma personalidades que trazem consigo uma sensação constante de vazio, medo de entrega afetiva, falta de contato corporal e tendência a racionalizações. Assim, entende-se que a forma como as necessidades de carícias foram supridas na infância será expressada no modo como o indivíduo quando adulto irá demonstrar seus sentimentos tanto para si quanto para àqueles com quem se relacionar.
O medo de sentir dor é o conflito básico de indivíduos que possuem tendência a racionalização e dissociação dos sentimentos, isso porque em algum momento da sua vida este ser entrou em contato com situações de extremo sofrimento buscando na razão uma forma de evitar entrar em contato com qualquer tipo de dor. Contudo, ao evitar-se entrar em contato com a dor, evita-se também entrar em contato com o prazer, o que contribui para o fortalecimento da sensação de vazio existencial e de insatisfação constantes.
Uma forma de lidar com o medo de sentir é tentar identificando a visão que o indivíduo tem de si, e principalmente, quais ganhos e prejuízos de fortalecer este traço de carácter. Identificar comportamentos que contribuem para a fuga dos sentimentos também possibilita um reajuste comportamental, contudo, a mudança principal precisa ser a partir dos próprios sentimentos. Quando avaliamos todas as crenças apreendidas no decorrer da nossa vida, começamos a sentir as emoções que elas causam e o que está indiretamente contido nelas. É assim que a elaboração de traumas e conflitos que justificam o bloqueio emocional podem ocorrer.
Se você se identifica, busque auxílio psicológico, perceba o que o medo de sentir tem trazido para a sua vida, e como você gostaria de preencher a sensação de vazio existencial que sente. Se permita mudar, é através do toque que conseguimos identificar sentimentos registrados na nossa psiquê e ressignificá-los.
Fonte:https://www.forquilhinhanoticias.com.br/nao-sinto-toque-afetividade-qual-relacao/

Como Ser Mais Afetivo


O afeto é uma expressão física de sentimentos. Está geralmente associado ao amor e a relacionamentos duradouros, pois um laço forte de afeição pode fazer as pessoas ficarem mais próximas. Estudos demonstram que crianças que recebem alto nível de carinho afetivo ainda quando pequenas têm níveis menores de estresse. [1] Outros estudos mostraram que relacionamentos que têm altas taxas de afeto físico geram mais satisfação. [2]

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Aumentando o Afeto com o Toque

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    Reconheça seu desconforto com carícia, abraço, mãos dadas ou aconchego.Muitas pessoas se sentem desconfortáveis com o toque devido à personalidade ou ao histórico familiar. Fale com alguém ou escreva a respeito; estabeleça algo até criar o hábito do afeto físico.
    • Converse com seu parceiro a respeito. Melhorar a comunicação pode levar a um relacionamento mais próximo e mais afetivo.
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    Planeje momentos de aconchego com as crianças ou cônjuge. Não ser afetivo pode ocasionar problemas de tempo, então coloque na sua agenda. Sair à noite, ler uma história ou até assistir à TV juntos pode cair bem com o aconchego.
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    Ande de mãos dadas. Seja com seu parceiro ou filhos, dar as mãos é fácil e sela o vínculo. Talvez seja a maneira mais fácil de imediatamente aumentar seu afeto físico para com outra pessoa.
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    Inclua o toque físico na lista de metas saudáveis. Ter contato com seus filhos e parceiro pode liberar ocitocina, o hormônio do aconchego, o qual diminui a pressão sanguínea. Também ajuda a controlar o hormônio do stress, cortisol.[3]
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    Enumere maneiras saudáveis as quais você possa ser fisicamente afetivo – na sua mente ou no papel. Faça uma meta para colocá-las em prática em várias circunstâncias durante a semana.
    • Apesar de alguns artigos reportarem que leva 21 dias para criar algum hábito, isso depende da pessoa. Continue praticando a lista por vários meses até mudar permanentemente seus níveis de afeição.
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    Tente fazer massagem. Uma massagem nas costas ou no pescoço é uma maneira excelente de oferecer afeição física. Seu parceiro pode gostar e querer retribuir o favor.

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Aumentando o Afeto Verbal

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    Não deixe mensagem de texto ou e-mail substituir o afeto verbal. Pegue o telefone e ligue, pois é mais pessoal, mesmo que leve mais tempo.
    • Se você precisar usar dessas formas de comunicação, assine uma frase como “pensando em você” ou “saudades” ao invés de algo genérico. [4]
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    Entenda que relacionamentos a longa distância exigem mais afeto verbal. Se possível, use o Skype ou o Hangout do Google para que você possa olhar no olho e não perder o contato físico durante conversas.
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    Elogie alguém todos os dias. Elogios para os filhos e cônjuge fazem com que eles se sintam realizados.
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    Cumprimente seu parceiro ou filhos quando eles chegarem do trabalho ou da escola. Pare o que estiver fazendo e interaja para que eles saibam que você se importa.
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    Apelide seu parceiro ou filhos. Um apelido positivo mostra que vocês têm um vínculo especial.
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    Ache um momento para agradecer. Pense em todas as coisas que a outra pessoa faz por você ou o que ela faz para melhorar sua vida. Olhe nos olhos e expresse sua gratidão com poucas palavras.
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    Não suponha que a frase “eu te amo” é a única maneira de expressar afeto. Se não estiver dizendo isso, você deve tentar introduzir essa frase com frequência em seu vocabulário. Afirmações como “você é ótima” e “sou tão sortudo por ter você” também são boas formas de mostrar afeto.
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    Desenvolvendo Hábitos para Aumentar o Afeto


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    Retribua o afeto de outras pessoas automaticamente. Responda gestos devolvendo abraços, elogios, dizendo “eu te amo”, beijando alguém na bochecha ou com um “toca aí”. Ignorar o desejo de hesitar nesses momentos é importante.
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    Não deixe que apenas o pai seja afetivo e a mãe séria ou vice versa. Décadas atrás, não era culturalmente importante que os pais fossem afetivos com os filhos; de qualquer forma, os tempos mudaram. Níveis de afeto são baseados no hábito, assim como também na personalidade.
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    Olhe nos olhos enquanto estiverem no aconchego, de mãos dadas ou elogiando. Estudos mostraram que encarar alguém que ama (mesmo um animal de estimação) pode aumentar os níveis do hormônio ocitocina.
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    Não tenha medo de conversar com um conselheiro profissional ou um terapeuta caso não tenha nenhum desejo de mostrar afeto. Relacionamentos dão trabalho; não associe aconselhamento de casais com fraqueza. Se você sente afeto, mas não consegue expressar, uma sessão particular pode ser melhor.
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    Dê a si mesmo metas macro e quotas micro. Estratégias motivacionais acreditam que bons hábitos podem ser estabelecidos quando se sonha com as coisas sendo do jeito que gostaria que fossem, assim como ser um pai (mãe) mais afetivo. Então, dê a si mesmo quotas micro, tais como “eu vou investir 20 minutos conversando diretamente com meus filhos hoje”.[5]
  6. Fontes e Citações


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