SOBRE EMPODERAMENTO FEMININO - "EMPODERAMENTO É TER TOTAL PODER SOBRE A MINHA FALA"

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"Empoderamento é ter total poder sobre minha fala", diz a poeta Mel Duarte

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Uma das estrelas da campanha do Nike Air Force 1, a poeta e slammer falou sobre racismo, feminismo e sobre o processo de sua afirmação negra


07/11/2017 
Mel Duarte (Foto: Ju Colinas)
Dar de encontro com Mel Duarte é um presente. Fica até difícil fugir dos clichês depois de um papo inspirador com a paulistana de 28 anos, que tem na voz o seu sustento. Mel é a exceção da regra na realidade brasileira: vive e respira poesia, vinte e quatro horas por dia. A poeta, nascida nos extremos da cidade, é também uma das expoentes do Poetry Slam no Brasil — campeonato de poesia onde, normalmente, os participantes têm até três minutos para apresentar uma performance.
Mel é também uma das personalidades que estrelam a nova coleção da Nike, intitulada de Nocturne  — em celebração aos 35 anos do Air Force 1, tênis icônico da marca. Pensando nisso, a label escolheu Mel e outras mulheres, como a cantora Tássia Reis, para participarem de um shooting, que aconteceu em uma fábrica abandonada, em São Paulo e foi fotografado por outra mulher, Ju Colinas.
Mel Duarte (Foto: Ju Colinas)

A poeta não imaginava a projeção nacional que ganharia em tão pouco tempo. Com dois livros lançados, atuando em muitos coletivos (um deles só de mulheres, o Slam das Minas), ela já participou da FLIP (Festa Literária de Paraty) e também venceu o Concurso de Poesia Internacional do Rio. Tudo isso desde 2016 apenas. Ufa!

Da menina que não se recorda de tirar uma foto durante adolescência, por vergonha do cabelo afro, para a mulher que hoje ostenta dreads até a cintura e coloca a negritude e o feminismo como pauta de suas poesias. "Meu processo de afirmação negra se deu a partir do momento que entrei no movimento dos saraus e quando eu me libertei fazendo dreads. Aos 18 anos, me reconheci e passei a frequentar espaços com outras mulheres negras". 
Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas)
Mel ainda não consegue entender com exatidão o peso de suas palavras proferidas, mas já compreende que pode inspirar outras mulheres por meio de seus poemas, principalmente quando o tema é a autoestima das meninas negras.
"Adolescentes ouvem meu poema e dizem: 'a partir do momento em que ouvi um poema seu, parei de querer alisar o meu cabelo, procurei minhas raízes, passei a estudar de onde eu vim. Você despertou isso em mim'. Foi aí que entendi como a palavra tem força", diz.
Como mulher, Mel entende o feminismo como fio condutor de sua arte e, consequentemente, o empoderamento como forma de costurar essa narrativa combativa. "Todo mundo tem o seu poder. A questão é como podemos descobrir, entender qual a nossa potência dentro disso. Para mim, empoderamento é amplificar potências. É sobre ter total poder sobre a minha fala — o que eu quiser falar, como eu quiser falar". 
Dentre suas referências, mulheres fortes e autênticas como Elisa Lucinda, Conceição Evaristo e Djamila Ribeiro. Mel também entende como o seu amadurecimento a auxiliou na compreenssão de si mesma e do feminismo, que se dá hoje de um outro lugar. 
Mel Duarte (Foto: Ju Colinas)
"Às vezes temos a necessidade tão grande de de se colocar, porque somos tão pouco ouvidas, que rola um desespero. Eu falava muito rápido quando mais nova, era muito imediatista. Eu chegava a ser ignorante, falava o que pensava e machucava as pessoas com a forma que me colocava. Mas, muita gente me ajudou nesse processo. Fui entendendo meus lugares de fala e entendi que tudo o que eu falo gera uma responsabilidade", finaliza. 
Fonte:http://revistaglamour.globo.com/Lifestyle/Must-Share/noticia/2017/11/empoderamento-e-ter-total-poder-sobre-minha-fala-diz-poeta-mel-duarte.html

Tássia Reis sobre empoderamento: "você não pode dar talento, mas pode gerar oportunidade"

Uma das estrelas da campanha do Nike Air Force 1, a cantora e estilista fala sobre a força das mulheres e construção de sua identidade
09/11/2017 
Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas)
Tássia é um nome grego, que significa corajoso e audaz — palavras que vestem com maestria a narrativa de vida da cantora Tássia Reis. Leonina, superempoderada e determinada, a paulista escreve bem, tem uma potência vocal forte, mas ao mesmo tempo sutil, e é também estilista e modelo. Resumindo: ela veio para tombar com tudo.  
Formada em Tecnologia e Design da Moda, lançou no último mês a marca de roupas "XIU", com uma linha inspirada no empoderamento das minorias. E para celebrar esse momento, também escreveu uma música que ganhou clipe, homônimo à marca.
"Construí uma identidade visual forte e minha sonoridade muito dentro do que acredito: a liberdade de buscar quem eu sou, de entender minha identidade e minha ancestralidade. Isso é moda, né?", disse ela em entrevista exclusiva para a Glamour.

"Foi importante esse momento para eu me enxergar capaz de realizar, sabe? De pensar em ambição de uma maneira menos crítica. Para quem nasceu de origem humilde, onde não existem perspectivas de crescimento... Eu sou tudo isso hoje".
Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas)
A cantora é também uma das personalidades que estrelam a nova coleção da Nike, intitulada de Nocturne  — em celebração aos 35 anos do Air Force 1, tênis icônico da marca. Pensando nisso, a label escolheu ela e outras mulheres, como a poeta Mel Duarte, para participarem de um shooting, que aconteceu em uma fábrica abandonada, em São Paulo e foi fotografado por outra mulher, Ju Colinas.
Tássia tem repertório, Tássia tem vida. Tássia se posiciona. "Eu sou uma feminista negra interseccional e acredito que as opressões de classe social, gênero e raça andam juntas. Uma mulher branca sofre machismo, claro. Mas uma mulher negra, pobre, trans vai sofrer muito mais. Não tem como acabar uma coisa e deixar outra", explica. 
Para a estilista, o empoderamento vai muito além de uma palavra, que muitos acreditam estar esvaziada. "Tem a ver com possibilitar, dar oportunidades. Você não pode me dar talento para eu ser cantora, para fotografar bem, para escrever. Mas você pode me abrir portas, você pode não vetar que aquela pessoa consiga ascender. Esse empoderamento é muito da autodescoberta também".
Fã de Viola Davis, Tássia relembra uma frase da atriz que marcou sua vida: “o que falta para as mulheres negras são oportunidades”. Ela entende que é uma exceção na realidade brasileira, mas defende que "se a gente não acreditar que podemos mudar, vamos seguir o script, aquilo que está programado. E eu estou aqui contrariando as estatísticas". 
Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas)
Ela construiu uma autoestima forte, mas esse não foi um caminho fácil. Hoje, aos 27 anos, olha para o passado, principalmente para sua infância, com outros olhos. "Me falavam: 'você não pode jogar futebol, porque é uma menina'. Oi? Eu jogava e fazia gol ainda. Essa sou eu!", conta a cantora, relembrando as dificuldades de se enquadrar nos padrões até então impostos. 
"Não adianta o seu pai e sua mãe falaram que você é bonita, se na escola você é a chacota. Quantas vezes eu não quis entrar num buraco? Se o maior problema fosse só me acharem bonita, tranquilo. Mas existe um racismo sistêmico e estrutural. O mesmo racismo que não permite que pessoas ingressem em faculdades... É uma estrutura que não facilita, pelo contrário, corrobora para que a gente fique à margem".
"Me falavam: 'você não pode jogar futebol, porque é uma menina'. Oi? Eu jogava e fazia gol ainda. Essa sou eu!"
Fonte:http://revistaglamour.globo.com/Lifestyle/Must-Share/noticia/2017/11/tassia-reis-sobre-empoderamento-voce-nao-pode-dar-talento-mas-pode-gerar-oportunidade.html

Nike reuniu 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção

Coleção Nocturne celebra os 35 anos do Air Force 1, tênis icônico da marca
27/10/2017 - 12h22
Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas)
Nike reuniu sete grandes mulheres para celebrar a nova coleção marca, que comemora os 35 anos do Air Force 1, tênis icônico da label esportiva. Com o mote "Force is Female", a linha Nocturne chega às lojas nesta sexta-feira (27).
A coleção traz a releitura do AF1 — em especial um modelo roxo escuro, com elementos envernizados, que brilham intensamente. A linha completa, que ainda traz um novo modelo do modelo Cortez, poderá ser encontrada no site da marca.
Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas)
Para marcar esse momento, a marca convidou Mel Duarte, poeta, Tássia Reis, cantora, Marina Santa Helena, consultora de moda, Lellêzinha, dançarina e atriz e as meninas do coletivo de basquete Magic MinasTodas elas se reuniram em um shooting empoderado, que aconteceu em uma fábrica abandonada em São Paulo, fotografado por outra mulher, Ju Colinas. 
Cada uma dessas potências representou uma arte. Mel encarnou a poesia, Tássia a música, Lellêzinha a dança, Marina a moda e as meninas do Magic Minas o esporte. Conheça essas potências:
Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas)
Mel Duarte
poeta é exceção da regra na realidade brasileira: vive e respira poesia, vinte e quatro horas por dia. Nascida nos extremos da cidade de São Paulo, é também uma das expoentes do Poetry Slam no Brasil — campeonato de poesia onde, normalmente, os participantes têm até três minutos para apresentar uma performance. 

Como mulher, Mel entende o feminismo como fio condutor de sua arte e, consequentemente, o empoderamento como forma de costurar essa narrativa combativa. "Todo mundo tem o seu poder. A questão é como podemos descobrir, entender qual a nossa potência dentro disso. Para mim, empoderamento é amplificar potências. É sobre ter total poder sobre a minha fala — o que eu quiser falar, como eu quiser falar".
Tássia Reis
Tássia é um nome grego, que significa corajoso e audaz — palavras que vestem com maestria a narrativa de vida da cantora Tássia Reis. Leonina, superempoderada e determinada, a paulista escreve bem, tem uma potência vocal forte, mas ao mesmo tempo sutil, e é também estilista e modelo. Resumindo: ela veio para tombar com tudo.
Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas)

Tássia tem repertório, Tássia tem vida. Tássia se posiciona. "Eu sou uma feminista negra interseccional e acredito que as opressões de classe social, gênero e raça andam juntas. Uma mulher branca sofre machismo, claro. Mas uma mulher negra, pobre, trans vai sofrer muito mais. Não tem como acabar uma coisa e deixar outra", explica.

Lellêzinha
Ela é cheia de atitude e dança como ninguém: a carioca Alessandra Aires Landin, mais conhecida como Lellêzinha, com apenas 20 anos, se tornou um exemplo para as meninas mais jovens. Ela é uma das vocalistas da banda Dream Team do Passinho, que une o funk e a dança passinho, já atuou em novelas da Globo, como Malhação, além de ter dividido o palco com, ninguém menos, do que Alicia Keys no Rock in Rio deste ano. 
Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas)

Lellêzinha foi a primeira menina a dançar oficialmente o passinho nas competições no Rio de Janeiro, lembrando que o funk tem em sua maioria personagens homens. A carioca pensa que o maior feminismo é ser quem você é. "Tenho o exemplo mais incrível do mundo dentro de casa: minha avó Maria. Ela é uma mulher negra, divorciada, pastora evangélica. Você pode imaginar o que ela passou e o que ela ainda passa", conta.
Vejo o feminismo através da minha avó desde pequena. Apenas seja!"
Lellêzinha
Marina Santa Helena
Marina é apresentadora, consultora de moda, superinteligente e de uma calma que causa inveja. A paraense de 33 anos respira moda desde sua infância e acredita que o universo fashion tem muito mais a ver com estilo e personalidade do que com a moda em si.
Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas)
Para Marina, empoderamento é, basicamente, não achar querer ser outra pessoa para se sentir bem; é não mirar nos outros. "Há muito tempo somos bombardeadas com informações para nos sentirmos inseguras o tempo inteiro. O capitalismo é isso... Compre. Por que? Porque você precisa. Porque você está acima do peso. O tempo todo são mensagens dizendo que você não é boa o suficiente", conta.
Durante a conversa com a Glamour, Marina relembrou um shooting que participou para uma revista lá em 2009. "A maioria dos comentários negativos das fotos vinham de mulheres. Isso me abriu os olhos para a competição feminina, sabe? Fomos educadas desde sempre a competir e não explorar nosso potencial. Porque estamos brigando? Deveríamos nos unir", finaliza. 
Eu queria ser a Xuxa.Tinha vergonha de não ser loira, ter a pele branca e os olhos claros""
Marina Santa Helena
E quando perguntada sobre autoconfiança, Marina relembra que durante a infância se sentia estranha diante dos padrões.
Magic Minas
Paula é consultora em Esporte e Desenvolvimento Humano. Elizangela é jornalista. Priscila é educadora. O que elas têm em comum? Todas fazem parte de um time de basquete amador, o Magic Minas, que reúne mulheres na cidade de São Paulo apaixonadas pelo basquete, que não tinham oportunidade de jogar porque não conheciam outras que também jogassem, ou porque não tinham espaços disponíveis.
Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas)
As participantes têm entre 20 a 45 anos e muitas delas não jogavam basquete desde a infância. Para Paula, o coletivo é uma forma de se empoderar através do esporte. "Para mim, o esporte é uma experiência de autodescoberta, onde testo minhas capacidades e descubro que posso sempre ir além. O que a gente aprende no esporte fica tatuado no corpo", finaliza. 
Para Priscila, o esporte ganhou um função maior em sua vida: a de construir sua identidade. "Durante toda a minha vida tive que mostrar que, mesmo sendo mulher e negra, sou capaz. O esporte me ajudou muito a reconhecer esse potencial de lutar pelo o que é meu".
Fonte:http://revistaglamour.globo.com/Moda/Fashion-news/noticia/2017/10/nike-reune-7-mulheres-para-celebrar-forca-feminina-em-nova-colecao.html

Ana Cañas reúne 86 mulheres em clipe poderoso sobre o empoderamento feminino

Girl power reunido!
16/05/2017 - 16h50
Ana Cañas lança clipe sobre empoderamento feminino (Foto: Reprodução)
Ana Cañas lançou no último sábado (13), seu novo single "Respeita" com um clipe pra lá de empoderador!
A cantora uniu 86 mulheres, entre atrizes globais e anônimas, e pediu para que cada uma delas fechassem os seus olhos e pensassem em toda a agressão de gênero que já sofreram.
Sophie Charlotte, Nathália Dill, Maria da Penha, Monique Evelle, Laura Neiva, Maria Rita Kehl, Preta Rara, Elza Soares e Andréia Horta foram algumas das mulheres convidadas. 
''Ela vai, ela vem/ Meu corpo, minha lei/ Tô por aí, mas não tô à toa/ Respeita, respeita/ Respeita as mina'', ressoa o refrão. #GirlPower
Ela vai, ela vem/ Meu corpo, minha lei/ Tô por aí, mas não tô à toa/ Respeita, respeita/ Respeita as mina'', ressoa o refrão. #GirlPower
Veja o clipe:


Fonte:http://revistaglamour.globo.com/Lifestyle/Cultura/noticia/2017/05/ana-canas-reune-86-mulheres-em-clipe-poderoso-sobre-o-empoderamento-feminino.html

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