A JORNADA DO FEMININO AO SAGRADO



ESPECIAL: A JORNADA DO 

FEMININO AO SAGRADO



O princípio-mãe, que há em tudo, está chamando as mulheres a acordarem sua memória ancestral, despertando sua força interna para o caminho de retorno do feminino ao sagrado”

O momento de despertar é agora, a consciência do sagrado deve ser também despertada nos homens; afinal, todos devem ser reconectados à Grande Teia Mãe, que está nos chamando de volta.


O sagrado é uma consciência, que é uma essência, é a origem essencial que se manifesta em tudo: na parte, no todo, e essa origem, o sagrado, tem movimentos naturais e que essas leis são gestadoras, e por isso é feminina, é
mãe, é mulher nessa dimensão.


O sagrado também é masculino, cada um de nós é filho desse sagrado e herda esse potencial gestador. Eu, como mulher, você, como homem, e tudo na natureza, temos esse potencial. É a nossa herança materna original e natural. Assim, a mulher, por ser mulher nesta dimensão e possuir este manto físico [ela é a mãe que gesta fisicamente e portal para o nascimento], manifesta em si mesma, no seu ser, toda a cosmologia do sagrado gestador, de forma natural.

O sagrado é a essência origem, o sagrado feminino é a reunião desta origem ao feminino, no reconhecimento de seu valor natural e o retorno do feminino ao sagrado é trazer de volta o feminino à consciência-mãe, essencial, gestadora contínua, que é a origem a ser sustentada como consciência. É o que Ísis revela, como um registro do movimento histórico do feminino dentro da tradição da deusa Ísis, em Atlântida, que é a origem do tempo nesta dimensão, buscando a consciência do sagrado, o qual é essa essência, a origem em tudo. A partir dessa consciência, mudar toda a visão da vida, de SI Mesma, do outro, da natureza e reconhecer o valor do sagrado feminino no retorno à consciência do sagrado gestador. 


Esta natureza gestadora se encontra mais próxima às mulheres, porque a mulher manifesta em si mesma, de forma natural este potencial gestador, e é aí que começa todo o trabalho do resgate do feminino. Se já é difícil para as mulheres se reconhecerem assim, o que se dirá em relação aos homens. O princípio cosmológico é mãe, por isso esse trabalho, hoje, está mais voltado para as mulheres. As mulheres estão mais abertas, são mais guerreiras, mais sustentadoras, para irem em busca dessa consciência e, aí sim, resgatar o sagrado feminino, no retorno ao próprio sagrado. As mulheres estão cansadas do padrão de dor, sofrimento e injustiças em relação ao feminino e se encontram em busca da freqüência do amor.

Em relação ao masculino, a origem mãe não “contém o masculino“, “é” também o masculino, pois tanto mulheres quanto homens são filhos desta mesma origem, portanto possuidores desta herança natural. Porém, despertar a força gestadora natural interna que se encontra adormecida e aprender a gestar, depende simplesmente da escolha interna. Gestar não é somente engravidar e parir filhos é saber conscientemente direcionar e manifestar seu potencial de consciência intelectual, mental, psíquico, emocional, energético, espiritual em alinhamento à leis gestadoras, ao sagrado.

As tradições cosmológicas são fundamentadas na observação da natureza, nas leis naturais. Elas estudam a origem da vida, independentemente de religião ou crença; elas estão à parte disso. Religião não é fundamentada em cosmologia, tradições cosmológicas, mas mesmo dentro delas existem diferenças, da origem da vida, do universo, de tudo, mas também que essa origem é mãe, gestadora contínua e ainda nos ensina através da observação da origem, como construirmos uma consciência em alinhamento às leis naturaus, ao sagrado. 

A verdadeira tradição de Ísis é em sua origem a cosmologia do sagrado gestador, por isto, Ísis é uma deusa “Mãe“ a qual os egípcios mesmo numa consciência fragmentada do sagrado a reverenciavam desta forma. A tradição de Ísis não é o que os livros e pesquisas fundamentadas apenas na arqueologia diz, muito menos o que é mostrado nas paredes frias dos Templos, ou que pessoas fundamentas na fragmentação da consciência, que alimenta conteúdos de fascinação, induz a se imaginar, principalmente sobre o poder das sacerdotisa de Ísis.

A tradição de Ísis fundamentada na consciência do sagrado, que veio de Atlântida e, depois, se estendeu para diversos movimentos do planeta inteiro, e também para o Egito. A deusa Ísis tomou essa forma no Egito porque a civilização egípcia assim a criou, mas a tradição de Ísis, que é origem feminina, descende da cosmologia do sagrado gestador, que era a consciência que foi implantada através do projeto Atlântida no planeta Terra.

Quando houve o rompimento com a origem, com a consciência de que o sagrado é gestador e, por isso, é feminino, as mulheres ficaram sem sua identidade. A partir desse momento, passaram-se milênios e foi perdido o princípio de comando, que é feminino por conta da essência gestadora, de origem.

Não se deve confundir comandar com “mandar”. Estávamos falando aqui de comandar, devido à origem ser feminina. Depois que homens e mulheres romperam com isso, precisou haver o domínio, o qual veio da força masculina. Os homens então tomaram o poder e a mulher, com sua força feminina, ficou fora. Isso é história; não precisa nem acessar as vidas passadas. É só observar que as mulheres ficaram em um plano de inferioridade e passaram a ser objeto de desprezo, servindo apenas para dar à luz. E os homens passaram a tomar conta de tudo. 

Só que chegou uma época em que as mulheres quiseram estudar, trabalhar, serem ativas na sociedade como um todo; assim, conseguiram posições e partiram para uma disputa de igualdade, pois estavam cansadas de ser sinônimo de dor e sofrimento por serem consideradas inferiores em todos os sentidos. Elas escolheram tomar como modelo de força, o poder masculino, só que pegaram deste modelo o que ele têm de pior, porque, para mostrar que tinham força, era preciso mostrar que mais fortes que a força masculina, senão elas não seriam reconhecidas. Quando falo que as mulheres se inspiraram no pior do modelo masculino é porque sei que a força masculina também se encontra deturpada em sua verdadeira origem.

As mulheres perderam a identificação com o universo feminino e não reconhecem mais os valores desse universo. E nisso, homens e mulheres estão perdendo muito. A partir do momento em que a mulher não reconhece o universo feminino, tudo perde o sentido, pois se rompe da origem. Ainda na sociedade existe muita resistência ao verdadeiro valor da mulher e ao reconhecimento de sua capacidade de manifestação. O domínio ainda é masculino em tudo. Infelizmente, tanto homens quanto mulheres se encontram muito distantes do sagrado e com isto se encontram distantes de si mesmos e conseqüentemente da natureza-Mãe.

Todos os seres que se encontram em sintonia à busca da consciência do sagrado tem como missão pessoal nesta dimensão este retorno. Assim, primeiramente é necessária uma escolha interna, clara, firme, direcionando para a manifestação do movimento. A partir do momento que se tem a ciência de que o sagrado existe, é necessário ir ao seu encontro para poder desenvolver de dentro para fora esta consciência e assim construir este retorno através do alinhamento às Leis naturais.



Para você construir a consciência do sagrado, é preciso vivenciar. A partir do momento em que você vivencia, você reconhece. E tudo o que eu estou dizendo são leis naturais que fazem parte do nosso dia-a-dia; você precisa focar a visão interna, para reconhecer que tudo tem origem no sagrado gestador, e que esta visão vai além de mulheres e homens. Porém, as mulheres precisam resgatar isto como prioridade, porque o planeta está precisando. Cada ser consciente desse retorno, desse sagrado, se torna um canal. E ser canal vai além de ser um paranormal; canal é “ser” consciência dessa freqüência que está sendo direcionada ao nosso planeta, e a ciência já diz que existem sinais partindo do centro da galáxia. Imaginem os sinais que as dimensões espirituais estão enviando ao nosso planeta “Mãe” e a nós filhos desta dimensão. Porém é preciso “ser” não apenas querer ter. Esses sinais são freqüências que estão chegando, e a que eu considero a mais preenchedora e de maior elevação é a freqüência do amor. Que não é o amor que sentimos, mas é além dele: é a própria consciência do sagrado. O momento é agora. As mulheres são mais próximas a
responderem a estes sinais e serem os canais dessas freqüências-mãe para poderem alimentar um pouco a mãe-terra. Se houver também abertura dos homens, ai sim, mulheres e homens reunidos em unicidade sendo canais para sustentar a freqüência do amor, sustentarão de forma firme a abertura deste grande portal para a evolução: o retorno à origem.

Para ser canal é preciso ser como a mata, que é um portal natural, como a cachoeira que é um portal natural, como a natureza que é a origem; isto é um trabalho de construção interna, vivenciado de dentro para fora. É preciso desenvolver a consciência e saber o que se está fazendo. Vai fazer uma fogueira? Então é preciso ser o próprio fogo, as madeiras, as pedras; precisa ser esta gestação que reúne todos os elementos em unicidade e gestam a fogueira como um todo. É a consciência no “ser” e não do “ter”. 

Agora é o momento. Não adianta só deixar de usar alguns produtos que poluem a natureza, porque nós, pessoas que não temos acesso ao poder governamental, não vamos conseguir desaquecer o planeta . O que nós devemos fazer é observar qual é o melhor movimento de consumo de produtos, mas principalmente sermos canais, sermos conscientemente uma freqüência para que se nutra a mãe e as mulheres com certeza se encontram mais próximas, mais abertas ao serem tocadas no coração pela mãe. Essa é a missão do dia a dia, sustentar a consciência do sagrado e estendê-la a tudo: à família, filhos, marido, trabalho, amigos, a si mesma, à vida como um todo. 

Estamos todos num movimento de consciência espiritual, de unicidade, e é como se as portas estivessem abertas à evolução do ser humano que se encontra nesta busca de origem. Nós mulheres, devemos comungar com esse momento, em que temos o direito e o espaço para manifestar nossa força feminina, nossas idéias filosóficas, religiosas, cosmológicas e outras. É a oportunidade de desenvolvermos a consciência gestadora e poder manifestá-la livremente, pois não temos mais o peso da perseguição fundamentada na distorção dos movimentos cosmológicos, ou seja, não somos mais perseguidas por sermos mulheres e por manifestarmos nossa força gestadora e assumirmos que o comando é Mãe. 

Estamos vivendo o melhor momento de todas nossas vidas. É a Teia Mãe que está nos chamando de volta à origem, ao sagrado, clareando o caminho da consciência para um novo ciclo, pois como a Lei é natural, tudo parte da origem e para ela retorna e assim o feminino se encontra em retorno à sua origem: o sagrado. 

http://www.revistasextosentido.net/

LIGAÇÃO FEMININA


A Ligação Feminina que temos uma com a outra é um sintoma da mudança da sociedade rumo a um novo modelo social. Algumas mulheres já estão se conectando. As mulheres tem o Dom da Vida e essa essência feminina que nos irmana é a chave para profundas mudanças no modelo social.

A Lealdade Feminina é transversal. Não podemos esperar que todas as mulheres pensem como nós. Mas a essência feminina que nos une já existe e é preciso religar essa energia para que ela flua de forma permanente, formando uma rede de Luz...



Os 10 Passos para a Construção da 
Ligação Feminina são:


1- FEMINILIDADE

Resgatar o feminino essencial e sagrado... Encontrar a harmonia e o equilíbrio interior, reconhecendo o nosso Feminino ancestral, e eliminar a mulher inventada pelo patriarcado.


2- ADMIRAÇÃO

Admirar e elogiar as outras mulheres, valorizar a Mulher... Não somos mais rivais, somos todas IGUAIS em essência feminina... Somos a imagem no espelho, refletida em todas as outras mulheres.


3- TOLERÂNCIA

Mesmo contraditórias, dissonantes ou discordantes, temos de relevar as nossas diferenças e nos unir... Valorizar essa essência feminina como fator de Igualdade, e nos irmanar.


4- SOLIDARIEDADE

Ser solidárias às outras mulheres, na nossa família, na nossa comunidade, bem como a todas as mulheres do mundo, além fronteiras. Deixar de ser a base de sustentação do machismo patriarcal.


5- INDEPENDÊNCIA EMOCIONAL

Caminhar e evoluir em direção à uma maturidade emocional, superando preconceitos patriarcais e crenças absurdas que foram construídas para nos aprisionar e nos manter submissas ao sistema patriarcal.


6- INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA

Não aceitar situações degradantes e humilhantes por dependência financeira. Buscar o seu próprio sustento e tbm a realização profissional, como elemento de base para a auto-valorização e auto-estima.


7- DISCERNIMENTO

Compreender e discernir os mecanismos de manipulação dos relacionamentos. Escolher relacionamentos saudáveis e abrir mão dos recursos excusos das mulheres patriarcais, como chantagens e joguinhos de sedução. Sair dessa programação e ser inteira, yin e yang.


8- DEDICAÇÃO

Dedicar uma parte sagrada do seu tempo em seu próprio desenvolvimento pessoal. Descobrir o Dom de cada uma, e realizar a Missão, que é usar o dom para ajudar a construir um novo modelo social, e ajudar a cuidar da Deusa Gaia...


9- COERÊNCIA

Ter uma atitude coerente no dia-a-dia... Procurar uma sintonia entre o pensamento, o discurso e a ação, e caminhar nessa direção... Buscar a harmonia, e uma conscientização profunda... Ser a mudança que deseja no mundo...


10- NOVAS PRÁTICAS

Apenas uma relação de idéias e textos, iniciativas e modelos de participação social... Buscar com a nossa prática concretizar o desejo de um novo modelo social, conhecendo as diferentes alternativas existentes e ajudando a criar novas maneiras de ser e estar ... e cuidar de Gaia...



Fonte: vanessagaia.com

A consciência do Sagrado Feminino


Resgatando o passado, 
construindo o futuro


Mirella Faur
Durante os milênios da supremacia patriarcal, refletida nos valores espirituais, culturais, sociais, comportamentais e amparada pela hierarquia divina masculina, foi negada e reprimida qualquer manifestação da energia feminina, divina e humana. Resultou assim em uma cultura exclusiva e destrutiva, centrada na violência, conquista e dominação, com o conseqüente desequilíbrio global atual.

Os homens - como gênero - não foram os únicos responsáveis pelas agressões e atitudes extremistas a eles atribuídas; a causa pode ser atribuída à maneira pela qual a identidade masculina foi criada e reforçada pelos modelos e comportamentos de “heróis” e “super-homens”. Fundamentados em seus direitos “divinos”, outorgados inicialmente por deuses guerreiros e depois reiterados pela interpretação tendenciosa dos preceitos bíblicos, os homens foram inspirados, instigados e recompensados para desconsiderar e deturpar as milenares tradições matrifocais e os cultos geocêntricos. Em lugar de valores de paz, prosperidade e parceria igualitária, foram instaurados princípios e sistemas de conquista, exploração e dominação da Terra, das mulheres, crianças e de outros homens.

Pela sistemática inferiorização e perseguição da mulher, o patriarcado procurava apagar e denegrir os cultos da Grande Mãe, interditando os seus rituais, “demonizando” e distorcendo seus símbolos e valores. A relação igualitária homem-mulher foi renegada, a mulher declarada um ser inferior, desprovido de alma, amaldiçoado por Deus, responsável pelos males do mundo e por isso destinada a sofrer e a ser dominada pelo homem.


Os princípios masculino e feminino – antes pólos complementares da mesma unidade – foram separados e colocados em ângulos opostos e antagônicos. Enalteceu-se o Pai, negou-se a Mãe e usou-se o nome de Deus para justificar e promover o código patriarcal, a subjugação e exploração da Terra e das mulheres. A tradição, os cultos e a simbologia da Deusa foram relegados ao ostracismo e paulatinamente caíram no esquecimento. Patriarcado e cristianismo se uniram na construção de uma sociedade hierárquica e desigual, baseada em princípios, valores, normas, dogmas religiosos, estruturas sociais e culturais masculinas.

As últimas décadas do século passado proporcionaram uma gradativa mudança de paradigmas nas relações e nos conceitos relativos ao masculino e feminino. No entanto, para que este avanço teórico se concretize em ações e modificações comportamentais e espirituais, é imprescindível reconhecer a união harmoniosa e complementar das polaridades e procurar novos símbolos e rituais para o seu fortalecimento e equilíbrio. Com o surgimento progressivo de uma dimensão feminina da Divindade na atual consciência coletiva, está sendo fortalecido o retorno à Deusa e a revalorização do Sagrado Feminino.

Somos nós que estamos voltando à Deusa, pois Ela sempre esteve ao nosso lado, apenas oculta na bruma do esquecimento e velada pela nossa falta de compreensão e conexão com seu eterno amor e poder.
A principal diferença entre o Pai patriarcal, celeste e a Mãe cósmica e telúrica universal é a condição transcendente e longínqua do Criador e a essência imanente e eternamente presente da Criadora, em todas as manifestações da Natureza.
A redenção do Sagrado Feminino diz respeito tanto à mulher quanto ao homem. Ao esperar respostas e soluções vindas do Céu, esquecemos de olhar para baixo e ao redor, ignorando as necessidades da nossa Mãe Terra e de todos os nossos irmãos de criação. Para que os valores femininos possam ser compreendidos e vividos, são necessárias profundas mudanças em todas as áreas: social, política, cultural, econômica, familiar e espiritual. Uma nova consciência do Sagrado Feminino surgirá tão somente quando for resgatada a conexão espiritual com a Mãe Terra, percebida e honrada a Teia Cósmica à qual todos nós pertencemos e assumida a responsabilidade de zelar pelo seu equilíbrio e preservação.


O reconhecimento do Sagrado Feminino deve ser uma busca de todos, porém cabe às mulheres uma responsabilidade maior, devido à sua ancestral e profunda conexão com os arquétipos, atributos, faces, ciclos e energias da Grande Mãe.
Uma grande contribuição na transformação da mentalidade do passado e na expansão atual da consciência coletiva são os encontros de homens e mulheres em círculos e vivências comunitárias, para despertar e alinhar mentes, corações e espíritos em ações que visem a cura e a transmutação das feridas da psique, infligidas pelo patriarcado. Apaziguar a si mesmo, harmonizar seus relacionamentos, vencer o separatismo, reconhecer e honrar a interdependência de todos os seres, evitar qualquer forma de violência, dominação, competição ou discriminação são desafios do ser humano contemporâneo, no nível pessoal, coletivo e global. Incentivando a parceria entre os gêneros e a interação dos planos energéticos (celeste, telúrico, ctônico) criam-se condições que favorecem a expansão da consciência individual e contribuem para a evolução planetária.
fonte: teiadethea.org 

A mulher sacerdotiza



"...O momento atual favorece o retorno do sagrado feminino, o retorno da mulher aos altares.

Elas estão redescobrindo seus arquétipos divinos, suas deusas interiores. A mulher é um foco extraordinário de luz. Ela está predestinada a cuidar dos altares, de exercer sua função na alquimia sagrada e de reencontrar sua autêntica liberdade. Na medida em que a mulher descobre quais "deusas" são as forças dominantes no seu intimo, adquire conhecimento sobre:

1* A força de certos instintos femininos superiores.

2* Habilidades e prioridades.

3* Possibilidade de encontrar dentro de si mesma o significado pessoaç que a tornará autêntica na sua ação.

Os padrões dos arquétipos da deusa interior afetam o relacionamento com os homens. As afinidades com seu parceiro dependem desses padrões arquetípicos.
Quando a mulher encarna os arquétipos divinos ela se transforma numa autêntica sacerdotisa do fogo, preparada para exercer o sacerdócio do amor. Nas culturas da antiguidade, as sacerdotisas tradicionais eram portadoras dos mais altos conhecimentos divinos. Eram orientadas por outras sacerdotisas experientes qua as instruiam na arte do amor. Não importa se no decorrer do tempo houve degenerações e desvios, porque isso faz parte da natureza humana. Em todo o conhecimento sempre surge uma bipolarização entre a luz e as trevas. Observem como as instituições religiosas se dividem, com que facilidade ocorrem cisões entre as mais variadas correntes como o budismo, cristianismo, judaismo, e outras.

Da mesma forma, se o sagrado Hieros Gamus originou formas pervertidas, estas não podem ser utilizadas como justificativas para se condenar o sexo, o amor e muito menos a mulher.

O ser humano tem muita dificuldade em lidar com o dualismo.

A arte sagrada do amor é muito ampla e profunda, podendo ser sintetizada pelos seguintes aspectos:

1* A sacerdotisa se converte numa profunda conhecedora da sexologia transcendental para poder exercer sua função sagrada de despertar o fogo na sagrada alquimia, adquirindo auto conhecimento da sua essência feminina.


2* Assimila as qualidades e virtudes de todas as categorias de deusas, despertando a sacerdotisa divina interior.


Os arquétipos femininos básicos encontram-se nas sete deusas gregas representadas por:

1* Atena: ( Minerva ) Deusa da inteligência e das artes.


2* Héstia ou Vesta, deusa do templo e da lareira.




3* Hera, deusa do casamento.


4* Deméter, deusa do cereal e da maternidade.


5* Afrodite, deusa do amor e da beleza. Mulher criativa e amante.


6* Perséfone: deusa da juventude e da morte.


7* Artemis: deusa da caça e da lua.


Lamentávelmente, como resultado da repressão do feminino ao longo dos tempos, as mulheres de hoje apresentam mágoas profundas na sua psique, apresentando esses arquétipos de forma distorcida.

Atenas está questionando sua sabedoria, sua forma de pensar.

Héstia vacila nos templos.

Hera duvida do seu próprio poder no lar e no casamento. Demeter, desconfia da sua fertilidade e nega sua capacidade de nutrir. Afrodite envergonha-se da sua sexualidade ou a corrompe vilmente. Perséfone nega suas visões e Artemis nega seus instintos.

Essas mágoas profundas são conhecidas como chagas das deusas, e tiveram sua origem há aproximadamente três mil anos,época em que as culturas patriarcais iniciaram uma marginalização da cultura matriarcal. A mitologia grega preserva o equilíbrio entre as divindades paternas e maternas e sempre está indicando a importância da fusão entre as energias masculinas e femininas. Toda luta pelo poder está sempre relacionada a busca da felicidade pelo amor e conquista. Quando a mulher eleva seu nível de consciência, começa a desenvolver dentro de si padrões de comportamento que se manifestam por meio de um arquétipo divino que é a expressão do eterno feminino, da própria Mãe divina.

O Eterno feminino reúne todas as virtudes essenciais para que uma sacerdotisa possa ser considerada uma deusa do amor. Ainda que Zeus governasse o Olimpo como Pai celeste supremo, ele consentia em partilhar seu monte sagrado com Atenas,Apolo, Artemis, Hermes, Demeter, Hefestos, Poseidon ( Netuno ), Héstia, Afrodite, Ares, Hera e outros.

Esta simbiose sagrada de arquétipos masculinos e femininos parece indicar que todos os segredos do universo estão contidos no cálice sagrado feminino, o Santo Graal, e lança sagrada, o falo masculino.."

Do Livro Alquimia do Amor, ascensão do feminino, de Cláudio Carone.

Fonte:https://filosofia-esoterica.blogspot.com.br/2012/01/especial-jornada-do-feminino-ao-sagrado.html

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