JONI MITCHELL,GRANDE GUITARRISTA CANADENSE FAZENDO UMA MÚSICA LINDA INFLUENCIADA PELO JAZZ E PELO FOLK ROCK


JONI MITCHELL,GRANDE GUITARRISTA CANADENSE FAZENDO UMA MÚSICA LINDA INFLUENCIADA PELO JAZZ E PELO FOLK ROCK


Roberta Joan Anderson, mais conhecida como Joni Mitchell (Fort Macleod7 de novembro de 1943) é uma cantoraartista plástica e poetisa canadense. Foi considerada a 75º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.[1]
Alcançou o sucesso na década de 1970, fazendo uma música influenciada pelo jazz e pelo folk rock. Suas letras são introspectivas e de caráter romântico, e estão entre as melhores criadas na história do rock. Gravou dois discos que entraram para a história do rock: Clouds, de 1969, e Blue, de 1971, que ocupa a 30ª posição na lista dos 500 melhores álbuns de todos os tempos da revista Rolling Stone.

Biografia

Desde pequena, Joni percebeu que tinha talento para compor e para cantar. Com uma voz que alcança uma extensão vocal de duas oitavas e meia, Joni quebra corações e emociona plateias com suas letras fortes e auto-construtivas que vão de temas autobiográficos até a industrialização e a destruição da natureza.
Joni passou por inúmeras dificuldades antes de alcançar sua fama. Sem dinheiro nem moradia, ela em uma situação de desespero, casou-se com um cantor folk Chuck Mitchell, de quem herdou seu sobrenome. O casamento, para alegria de alguns, durou apenas um ano e meio. Após seu divórcio em 1967, Joni conheceu Elliot Roberts e David Crosby, ex-membros do The Byrds.
Os dois a ajudaram a conseguir uma boa divulgação e contrato com gravadoras. Em 1968, seu primeiro disco intitulado Joni Mitchell foi lançado ganhou o apelido Song To A Seagull, e outros artistas começaram a interpretar suas canções. Mesmo assim não alcançou um sucesso grandioso.
Em 1969, Joni é convidada a participar do Woodstock que contava com cantores como Joan BaezJimi Hendrix e Janis Joplin. Mesmo assim, alegando motivos pessoais, ela não participou. Woodstock é o nome de uma de suas músicas prediletas e foi influencia do festival.
Joni interpretava suas músicas ao lado de grandes feras do rock, mas mesmo assim, sua especialidade era o Folk. No mesmo ano lançou seu segundo disco Clouds, que contava com o clássico "Big Yellow Taxi", música em que Joni conseguiu fazer uma crítica ao mundo mostrando uma mensagem de paz e preservação da natureza.
Em 1970, Joni recebe uma indicação ao Grammy Awards como melhor artista folk. Não deu outra. Joni levou o Grammy. No mesmo ano, participou de Isle of Wight, um festival na Inglaterra considerado um segundo Woodstock.
Enquanto Joni Mitchell se apresentava, um homem invadiu o palco e começou a proferir palavras que eram julgadas impróprias às pessoas que lá se encontravam. O homem foi arrastado para fora. O seu nome era Yogi Joe e era um hippie que Joni havia conhecido nas cavernas da ilha de Creta.
A gravadora Reprise vendo o sucesso recém-alcançado assinou com Joni a gravação de seu terceiro disco Ladies Of The Canyon, o qual foi o seu disco mais vendido e ganhou um disco de ouro por mais de meio milhão de cópias vendidas.
Já era comum ouvir suas músicas nas rádios. Com um Grammy, um nome respeitado e uma carreira sólida Joni passou a se sentir sufocada: "Me sinto como se estivesse em uma gaiola", disse. Joni começa a reduzir drasticamente suas apresentações, exceto aos eventos beneficentes.
Logo Joni vendeu sua casa e comprou outra em Columbia, onde dizia ter mais comodidade e privacidade.
Após seu afastamento, Joni lança seu quarto disco autointitulado Blue, um disco totalmente significante para ela. Desde as músicas até o encarte representam seu momento que, segundo ela, era frágil e transparente. As canções transmitem mensagens de amor, distância e perdas. Joni compõe clássicos como "California" e "Carey", músicas mais alegres que acabam obscurecidas pelo tema central do disco: a solidão.

Estrela de Joni Mitchell na Calçada da fama do Canadá.[2]
Blue é um dos álbuns mais importantes da história do rock/folk e da carreira da cantora. O álbum estréia entre o top 20 da revista Billboard.
Em 1972, Joni lança seu primeiro disco com uma orquestra: For The Roses. Este disco a envolvia em um cenário pop/folk. O primeiro single "You Turn Me On, I´m a Radio" emplacou no #25 nos EUA. Joni usava muita ironia em seu novo disco. Em 1973, Joni inicia as gravações para seu próximo disco Court and Spark. Em março de 1974, o disco é lançado. Em julho, o single "Help Me" alcança o #7 nos EUA. O álbum alcançou a segunda posição na Billboard e permaneceu por lá quatro semanas. No mesmo ano é lançado Miles Of Aisles, que atingiu intensas e extraordinárias críticas de vários jornais. Joni era uma das cantoras mais respeitadas no mundo da música.
Em janeiro de 1975, Joni recebe quatro nomeações ao Grammy. Na primavera deste ano, Joni entra em estúdio e grava algumas demos que foram lançadas dois anos depois. Então ela lança The Hissing Of Summer Lawns que alcançou a quarta posição na Billboard. No natal de 75, ela começa a promover o disco cantando ao lado de vários músicos em vários eventos. Feras como Rolling Stones são um exemplo. Joni entra em uma nova Tour no janeiro de 1976. A partir daí Joni lançou incontáveis discos - cerca de 15 - e sempre obteve seu sucesso.
Após emocionar plateias, receber incríveis críticas positivas e ganhar um tributo em sua honra, Joni Mitchell lançou em abril de 2005 seu mais recente álbum Songs Of Prairie Girl, que a traz de volta ao mundo musical. O disco atingiu uma extrema sensibilidade e motivação. Após ter cantado JazzPop, e até rock, Joni volta às suas raízes, o folk, coisa que ela mais sabe fazer.
Enfim, Joni materializou-se e conseguiu deixar sua marca no mundo da música, mostrada por inúmeros cantores e compositores mundo a fora. Joni Mitchell atualmente encontra-se trabalhando em apresentações solo e em inúmeras atividades paralelas. Contudo temos certeza que seu nome continuará no mundo da música por muito mais tempo.
No Brasil, a canção "The last time I saw Richard" foi interpretada pela banda Legião Urbana no disco Acústico MTV.
Em 1990, participou do antológico show The Wall Live in Berlim, de Roger Waters, encomendado pela prefeitura desta cidade para comemorar a queda do muro de Berlin; no show ela cantou a música "Goodbye Blue Sky".

Discografia

Álbuns de estúdio

Referências

  1. Ir para cima «The 100 Greatest Guitarists of All Time: Joni Mitchell» (em inglês). Rolling Stone. Consultado em 17 de fevereiro de 2012.
  2. Ir para cima (em inglêsCanadaswalkoffame - Página acessada em 3 de maio de 2010.
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Joni_Mitchell

70 anos de Joni Mitchell: conheça os 7 álbuns essenciais da cantora

"Clouds" (1969) - Singelo e cotemplativo, o segundo álbum de Joni Mitchell é um dos pontos altos da discografia da canadense. Consolida um estilo: poesia, belas e pouco convencionais melodias e o acompanhamento de um simples violão. O disco é o primeiro de seus "diários abertos", e fala de amores findos ("Tin Angel", "That Song About the Midway","The Gallery"), amores novos ("I Don't Know Where I Stand"), instantes de loucura ("I Think I Understand"), política ("The Fiddle and the Drum") e até da decoração de seu apartamento ("Chelsea Morning"). A capa, autorretrato em que aparece erguendo uma flor, é um dos poucos acenos ao sonho hippie. Sua praia poética era outra. O que fica claro em "Both Sides Now", talvez sua mais bela canção: "Eu olhei o amor de ambos os lados agora / O de dar e o de receber, e ainda de alguma outra forma / É das ilusões do amor que me recordo / Eu realmente não conheço nada do amor
"Ladies of the Canyon" (1970) - Marca o início da maturidade musical da cantora. Não por acaso, traz elementos que seriam explorados à exaustão em lançamentos posteriores. Desde letras puramente confessionais ("The Arrangement"), passando por arranjos com piano ("Willy" e "Blue Boy"), pelas inflexões ao jazz ("For Free" e "Conversation") e pelo seu vocal mais forte e expressivo ("Woodstock" e "Big Yellow Taxi"). É em "Ladies of the Canyon" que está um de seus momentos de doçura mais lembrados: "The Circle Game". A sensibilidade também fala mais alto em "Morning Morgantown" e "Rainy Night House". Aos 26 anos, Joni Mitchell, também pintora e poetisa, já mostrava como transportar cor e poesia para a música
"Blue" (1971) - Em seu álbum mais emblemático, Joni canta um mundo poético e triste, pós-relacionamento, com um pé fincado na fossa e o olhar mirando o horizonte. Seu quarto disco é uma espécie de espelho de uma fase de sua vida. Lançado após terminar o relacionamento com Graham Nash e engatar um romance com James Taylor, "Blue" é livre de blindagem emocional. Com arranjos mais trabalhados, que incluem o folclórico instrumento "saltério dos apalaches", Joni, tal qual uma Clarice Lispector do folk, expõe relações amorosas e de amizade de forma sincera e dolorosa. Belo, o disco alterna otimismo lírico ("All I Want", "My Old Man" e "Carey") com pesar escancarado ("Blue", "The Last Time I Saw Richard" -- regravada pela Legião Urbana -- e "River"). A parceria com Taylor, que toca no disco ao lado de Stephen Stills, deu ao mundo a inesquecível "A Case of You"
"For The Roses" (1972) - Próxima dos 30, Joni deflagra em "For The Roses" uma de suas várias viradas estilísticas. Sem abandonar o folk, ela começa (curiosamente ao mesmo tempo) a flertar com o jazz e com um estilo mais radiofônico. O cardápio, como ela mesma preza, é variado. O hit "You Turn Me on I'm a Radio" é a resposta irônica e certeira ao pedido da gravadora por algo mais comercial, enquanto "Barangrill" e "Cold Blue Steel and Sweet Fire" exploram uma nova forma de cantar, menos assobiável. As letras sobre relacionamentos continuam intensas, embora menos presentes. Destaque para as biográficas "Lesson in Survival", "See You Sometime" e para a filosófica "Woman of Heart and Mind", que deu nome a um documentário sobre ela na TV canadense em 2003
"Court and Spark" (1974) - Encerra a trinca de ouro de discos da cantora, que termina apontando para um inventivo (e inventado) "folk-pop-jazz". A mistura única, fruto da inquietude de Joni, que passou todo o ano de 1973 focada no projeto, foi abraçada por crítica e público. Amparado pelo single "Help Me", o disco é o mais vendido de sua carreira. As letras apresentam uma pequena mudança de escopo. Saem parte dos relatos confessionais e entram em cena alguns personagens, como o da clássica "Free Man in Paris", inspirada em David Geffen, futuro fundador da Geffen Records. Com arranjos de cordas, o álbum segue a vibe romântica, o que explica em parte de seu sucesso. "People's Parties" e "The Same Situation", com vocais ligeiramente mais graves, expressam um senso de sofisticação inédito
"Hejira" (1976) - Composto durante uma viagem em que cruzou os Estados Unidos, indo do Estado de Meine à Califórnia, "Hejira" é talvez o mais imagético e "americano" dos álbuns da esteta Joni. As paisagens de estradas, montanhas cobertas de neve e pequenos povoados estão expressas não apenas na parte gráfica, mas também nas letras. Com participações de Neil Young, Jaco Pastorius, e Larry Carlton, dá os contornos finais à fase jazz da cantora. Mesmo as poucas reminiscências de outros tempos, como a melódica "Song for Sharon", aparecem com verniz mais "cool" e "adulto". Faixas como "Blue Motel Room" revivem o clima de clubes de jazz dos anos 1940, mostrando onde Madeleine Peyroux e Diana Krall foram buscar inspiração. Já os tons escuros de "Coyote" e "Black Crow" (esta com solos e riff à la "Whole Lotta Love", do Led Zeppelin) dão fôlego extra à sua verve criativa
"Mingus" (1979) - Lançado como um tributo ao baixista Charles Mingus, é tido como o mais ousado e experimental álbum de Joni Mitchell. E é, claro, essencialmente um disco de jazz. Com Jaco Pastorius, Wayne Shorter (ambos do Weather Report) e Herbie Hancock, adiciona carga fusion ao repertório da canadense. Os destaques vão para as faixas inéditas compostas por Mingus: "A Chair in the Sky", "Sweet Sucker Dance" e "The Dry Cleaner from Des Moines", além de "Goodbye Pork Pie Hat", que ganhou letra pela primeira vez. Sofrendo de esclerose, o pioneiro do bebop teve participação ativa naquele que seria seu projeto de despedida, embora não tenha chegado a tocar, devido aos problemas de saúde. Foi lançado cinco meses após sua morte, em janeiro de 1979. A capa e a parte gráfica mostram várias pinturas feitas por Joni estilizando o músico, uma de suas grandes influências Fonte:http://musica.uol.com.br/album/2013/11/07/70-anos-de-joni-mitchell-conheca-os-7-albuns-essenciais-da-cantora.htm


VÍDEOS


Cantora Joni Mitchell recebe dois prêmios Grammy em 1996 (Foto: Jeff Haynes/AFP)Cantora Joni Mitchell recebe dois prêmios Grammy em 1996 (Foto: Jeff Haynes/AFP)

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