ILHÉUS GREGOS SERÃO INDICADOS AO NOBEL DA PAZ POR AJUDA A REFUGIADOS

  • 25.nov.2015 - Voluntário retira um bebê de uma barco de refugiados na costa da ilha grega de Lesbos
    25.nov.2015 - Voluntário retira um bebê de uma barco de refugiados na costa da ilha grega de Lesbos
  • Ilhéus gregos serão indicados ao Nobel da Paz por ajuda a refugiados

Do UOL, em São Paulo,24-01-2016

Um grupo internacional de acadêmicos vai indicar os moradores de ilhas gregas para o Prêmio Nobel de Paz deste ano, por sua atuação junto aos milhares de refugiados que têm chegado às suas costas, informou o jornal britânico "The Guardian".
Os autores da petição são professores das universidades de Oxford, no Reino Unido; Princeton, Harvard e Cornell, nos EUA, e de Copenhague, que cita os moradores das ilhas de Lesbos, Kos, Ch[ios, Samos, Rhodes e Leros. 
O prazo para a indicação, que conta com o apoio do ministro grego da Imigração, Yiannis Mouzalas, é 1º de fevereiro. 
A petição já tem 280 mil assinaturas de apoio, que estão sendo coletadas pelo site Avaaz. 
"Em remotas ilhas gregas, avós cantaram para bebês aterrorizados dormirem, enquanto professores, aposentados e estudantes passaram meses oferecendo comida, abrigo e conforto aos refugiados que arriscaram suas vidas para fugir da guerra e do terrorismo", afirma o texto da petição. 
Após a submissão do pedido, o Comitê do Nobel precisa decidir se ele será considerado ou não. 
Os acadêmicos, cujos nomes não foram divulgados, dirão que o povo grego já está lidando com sua própria crise econômica, mas mesmo assim responderam à tragédia dos refugiados num espírito de "empatia e auto-sacrifício". 
Fonte:http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2016/01/24/ilheus-gregos-serao-indicados-ao-nobel-da-paz-por-ajuda-a-refugiados.htm#fotoNav=1

Veja o que os refugiados levam consigo na travessia13 fotos

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A estudante Wafaa Bukai, 25, de Damasco, segura uma fotografia enquanto espera até que seu irmão cruza a fronteira de Horgos, na Sérvia, para a Hungria. Diferentemente de muitos refugiados, que carregam fotos preciosas apenas digitalmente, no telefone, Bukai folheia seu álbum de imagens da infância, que incluem ela mesma em uniforme escolar e em viagens à praia com a família Leia mais Darko Vojinovic/AP

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O professor de matemática Mohammad Zamani, 26, de Shiraz, no Irã, mostra seu anel após cruzar da Sérvia para Asotthalom, na Hungria. Zamani tinha uma sacola cheia de pertences de quando deixou sua casa há quase um mês, mas já não tem mais. Por sorte, ele manteve seu bem mais precioso: um anel de prata que ganhou de seu irmão mais velho quando fez 25 anos Leia mais Darko Bandic/AP

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Hussein Al-Shamali, 20, de Idlib, na Síria, mostra sua carteirinha de estudante enquanto descansa, após cruzar da Sérvia para Roszke, na Hungria. Em sua mochila, ele leva o que acha que pode ser a chave para seu futuro: seus históricos escolares Leia maisDarko Bandic/AP

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Mekdad Marey, 25, designer gráfico de Damasco, na Síria, segura um suporte para seu pescoço enquanto mostra analgésicos e outros itens de sua sacola, após cruzar da Sérvia para Roszke, na Hungria. Ele passou duas semanas viajando de um campo de refugiados na Turquia até a fronteira da Hungria, na esperança de chegar à AlemanhaLeia mais Darko Bandic/AP

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Essa família proveniente de Aleppo, que não quis dar o nome, perdeu tudo durante a travessia da Síria para Turquia e depois para Grécia. As sete mulheres, os quatro homens e as 20 crianças levavam de uma a duas malas cada um em uma embarcação que afundou durante a viagem. Na única mala que conseguiram salvar, havia uma camiseta, um par de jeans, um par de tênis, um pacote de fraldas, duas pequenas embalagens de leite e alguns biscoitos, além de um pacote de absorventes e um pente. "Eu espero que a gente morra. Esta vida não vale mais viver. Todos fecharam as portas na nossa cara, não há futuro", disse um dos familiares Leia mais International Rescue Committee/Medium

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Na pequena bolsa do músico sírio Nour, 20, ele carrega um documento com foto, uma camiseta, um terço (presente de um amigo, que Nour não deixou tocar o chão), um relógio (de sua namorada, que quebrou durante a viagem), um bracelete, pingentes com bandeira síria e palestina, palhetas (também presente de um amigo), um telefone celular e um cartão que faz ligações para a Síria Leia mais International Rescue Committee/Medium

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O músico sírio Nour, 20, fugiu da Síria para a Turquia com duas bolsas, mas a que carregava suas roupas foi roubada. Sobrou a menor, na qual ele carrega um documento com foto, uma camiseta, um terço e palhetas, entre outras coisas Leia mais International Rescue Committee/Medium

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O farmacêutico sírio de 34 anos, que preferiu não se identificar, chegou a Lesbos (Grécia) depois de enfrentar uma jornada em alto mar a partir da Turquia. Em um barco de contrabandistas, 53 pessoas, destas muitas crianças, fizeram a travessia. Ao avistarem uma embarcação que pensavam ser da polícia, os refugiados pularam do barco carregando as crianças. Só depois entenderam ser o resgate da guarda costeira grega. Na sua bolsa, o farmacêutico carrega dinheiro embrulhado em plástico, dois celulares (um de modelo antigo e um smartphone que molhou durante a viagem e ficou inutilizável), carregadores de celular, fone de ouvido e um pen drive com fotos da família. "Eu tive que deixar para trás os meus pais e minha irmã na Turquia. Eu pensei: se eu morrer neste barco, pelo menos eu vou morrer com as fotos da minha família perto de mim", disse Leia mais International Rescue Committee/Medium

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Na mochila do afegão Iqbal, 17, há um par de calças, uma camisa, um par de sapatos, um par de meias, xampu e gel para os cabelos, escova de dentes e creme dental, creme de clareamento facial, pente, cortador de unhas, band-aid, cem dólares americanos, 130 liras turcas, um smartphone, um carregador de celular e um cartão que faz ligações para o Afeganistão, Irã e Turquia. "Eu quero que a minha pele fique branca e meu cabelo espetado. Eu não quero que eles saibam que eu sou um refugiado. Eu acho que alguém vai me identificar e chamar a polícia porque eu sou ilegal", disse Leia mais International Rescue Committee/Medium

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O jovem afegão Iqbal, 17, que já fugira da guerra em seu país e seguira até o Irã e depois a pé até a Turquia, chegou a Lesbos, na Grécia, mas não sabe mais para onde seguir. Ele manteve contato com um amigo que foi para a Alemanha e tem um irmão estudando na Flórida (EUA). Em sua mochila, o jovem leva roupas, itens de higiene, dinheiro e celular Leia mais International Rescue Committee/Medium

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A mochila azul do pequeno Omran, 6, que segue de Damasco (Síria) na tentativa de chegar à Alemanha, tem um par de calças, uma camiseta, uma seringa para emergências, um sabonete, escova de dentes, creme dental, band-aids e marshmallows, o doce predileto dele Leia mais International Rescue Committee/Medium

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O sírio Omran, 6, sorri ao dizer que está partindo com a sua família de cinco pessoas para a Alemanha, onde vai viver com parentes. Ele conta que os pais disseram que viajariam por florestas e por isso precisariam carregar em sua mochila azul curativos para possíveis feridas e arranhões Leia mais International Rescue Committee/Medium
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Quando a violência eclodiu em Yarmouk, um campo não oficial de refugiados palestinos ao sul de Damasco, a síria Aboessa, 20, conseguiu escapar com seu marido e sua filha Doua, de dez meses, para Turquia. Por lá, eles passaram uma semana abrigados em outro acampamento até seguirem em um bote de borracha rumo às costas seguras da Europa. Patrulheiros da costa turca quebraram o motor do barco, mas os refugiados continuaram em alto mar improvisando remos que seguiam o rumo da correnteza marítima. Em sua bolsa, a jovem que não quis mostrar o rosto, carregava uma variedade de medicamentos, protetor e pomada contra queimadura solar, garrafa de água potável, pasta de dentes, par de meias, papinha e um chapéu de bebê para a filha, lençol para troca de fraldas, carteira com dinheiro e documentos pessoais (incluindo o histórico de vacinação do bebê) e carregador de telefone celular Leia mais International Rescue Committee/Medium

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