CAMINHOS DE SANTIAGO DE COMPOSTELA - PARA QUÊ ?

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Caminhos de Santiago – para quê?


Porquê passar uma semana de férias a caminhar com uma mochila às costas?
A resposta está na própria pergunta.
Para caminhar com “a vida” nas costas e com isso fazermos “férias” da nossa vida quotidiana e rotineira e da nossa mente que nos mente continua(mente).
A mochila simboliza o peso que carregamos, a nossa própria vida, o nosso passado, os nossos sonhos, a nossa ansiedade, o nosso ego, o apego e até as necessidades supérfluas.
“Conhece o que levas na mala e conheces-te a ti próprio/a…”
A mochila representa os pensamentos que nos complicam a vida e nos turvam a visão sobre o amor e sobre a verdade.
Que peso carregas às costas? Quanto desse peso consegues descartar e continuar a viver?
A resposta é quase óbvia: Todo!
Na verdade, se formos honestos e se analisarmos sem ponta de medo, podemos sobreviver apenas com água e alguma comida  (desde que a nossa saúde não esteja ameaçada previamente). A roupa pode ser a mesma (ou quase) durante a semana toda desde que nos vamos passando por água e desde que devidamente agasalhados se estiver frio.
Admita-se que é bom e cauteloso termos um teto para dormir que esteja protegido do frio, da chuva e de animais selvagens.
E mais?
Mais nada!
De resto, é uma viagem dentro, mesmo que estejamos a passear “fora” da nossa zona de conforto.
O silêncio, a natureza, a ligação ao corpo que se faz sentir e que nos pesa na raiz liga-nos irremediável e felizmente à TERRA e esta conexão faz-nos sentir a verdade, o ser puro que habitualmente se esconde nas ilusões e nas máscaras que assumimos numa sociedade cada vez mais desconectada.
Assim, a ligação faz-se pelo desligar dos papéis que teimamos em assumir.
Cada esquina se enche de mensagens e de momentos “A-HA” em que entendemos o indecifrável ou em que percebemos que não havia nada para decifrar afinal.
O caminho é a felicidade. Quando chegamos temos vontade de recomeçar.
Fazer os caminhos de Sant’Yoga é ajoelharmo-nos perante a vida e gritarmos para dentro:
Olá, quero-te conhecer! Estás vivo/a ou andas a sobreviver?
É lamber feridas que já lá estavam mas não se mostravam!
É fazer “feridas” para saber onde elas se escondem…
Fonte:https://santyoga.wordpress.com/2016/01/13/caminhos-de-santiago-para-que/

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