6 FORMAS COM QUE A TECNOLOGIA AFETOU OS NOSSOS CÉREBROS

Neuroplastia digital (Foto: Flickr/Creative Commons)
NEUROPLASTIA DIGITAL (FOTO: FLICKR/CREATIVE COMMONS)
6 formas com que a tecnologia afetou nossos cérebros
Provas definitivas de que a web e os eletrônicos modificaram a fisiologia de nosso organismo
ossos cérebros tem uma habilidade chamada neuroplastia - basicamente, é a capacidade do órgão de se adaptar de acordo com nossas necessidades e experiências. E a ciência conseguiu provar que a nossa forma de vida, dependente da internet e de gadgets, modificou o funcionamento de nossos sistemas nervosos.
Calma. Antes que você pense que vamos discorrer sobre os malefícios da web em relação a nossa capacidade de atenção, ou sobre os benefícios que apps trouxeram para organizar nossas vidas, tópicos ainda controversos, listamos uma série de pesquisas que provam como a tecnologia alterou os nossos cérebros - sejam mudanças boas ou ruins. Confira:
As cores de nossos sonhos mudaram
E isso é culpa da TV. Da mesma forma que, há alguns anos, também era culpa da TV que muita gente tenha passado a sonhar em preto e branco. Explicamos - antes da popularização da telinha, nossa psique era influenciada pelo mundo ‘real’. Quando passamos a dedicar boa parte do dia aos programas da televisão, eles também começaram a deixar impressões em nosso subconsciente. A maior prova é um estudo da Universidade de Duke, que analisou registros de sonhos de dois grupos: adultos acima de 55 anos, que passaram anos de suas vidas vendo TV em preto e branco, e pessoas mais jovens, já nascidas após a era do Technicolor. O primeiro grupo tinha uma tendência maior a ter sonhos em p&b. Já o segundo, tinha sonhos mais coloridos. A Associação de Psicologia Americanareproduziu o experimento e comprovou seus resultados.
Sofremos com FOMO
Você certamente já ouviu falar da síndrome chamada de “FOMO” (sigla para Fear of Missing Out, traduzido livremente para algo como ‘medo de ficar por fora’), que afetaria as gerações mais novas, nascidas na era da informação. O New York Times define o FOMO como ‘uma mistura de ansiedade, inadequação e irritação que surge quando se está por fora das mídias sociais’. Basicamente, como você fica ao passar alguns dias sem acessar o Facebook, ou quando esquece o smartphone em casa. Outro ‘sintoma’ é quando estamos em casa, relaxando, vendo alguma série no Netflix e temos aquela urgência de fazer outra coisa, de que deveríamos estar em outro lugar, falando com outras pessoas. Ou mesmo quando estamos em uma festa e sentimos essa angústia que nos informa que ‘podíamos estar gastando nosso tempo de outra forma’. A teoria é que essa sensação é causada por horas e horas olhando nossos contatos fazerem as coisas mais incríveis em imagens e posts no Instagram e no Facebook - e nos esquecemos que momentos de tédio fazem parte da vida.
Vibração fantasma
“Opa, o que é isso? Meu celular vibrou? Será que recebi uma mensagem? Ou um GIF no Relay? Tem alguém me ligando?”. Você tira o celular do bolso/bolsa e percebe que não - o celular não tem nenhuma notificação. O que acontece é que nosso cérebro está programado para achar que os smartphones estão vibrando. Não chega a ser incômodo, mas, se pararmos para pensar, o fenômeno é muito estranho. Um estudo publicado pelo Computers and Human Behaviordescobriu que 89% de 290 estudantes universitários sentiam as vibrações fantasma pelo menos uma vez a cada duas semanas.
Temos mais dificuldade de dormir
O que você faz nos minutos que antecedem o sono? Lê um livro no iPad? Assiste à TV? Ou vê Parks and Recreation no Netflix com o notebook no colo? Cientistas acreditam que a exposição às telas durante a noite bagunça o nosso organismo e dificulta o sono. A ideia é que a luz emitida pelos eletrônicos faz com que o nosso corpo ‘acredite’ que ainda estamos sob a luz do dia. Ou seja, ainda não seria a hora de dormir. “E por que isso não acontece desde que lâmpadas foram instaladas nas casas de nossos bisavós e avós?”, você pode se perguntar. A suspeita recai sobre o tipo de luz emitida pelas telas, que é mais azulada e ‘parecida’ com a luz do dia.
Temos mais habilidades visuais
Um estudo de 2013 indicou que games como Halo e Call of Duty (tiro em primeira pessoa), aumentam nossa capacidade de tomar decisões rápidas e estimulam jogadores a verem mais em menos tempo. Isso faz com que esses gamers tenham mais noção de espaço - coisa que pode ser útil não apenas no mundo virtual. Eles também conseguem discernir mais facilmente objetos em situações com pouca iluminação.
Os reis do multitask
Jogos de estratégia como Starcraft aumentam a ‘flexibilidade cognitiva’ do cérebro. Isso quer dizer que conseguimos alternar tarefas mais rapidamente, ou fazer duas (ou mais) coisas ao mesmo tempo com facilidade - a invejada capacidade de multitask. Estudos apontam que o efeito dos games é ainda mais pronunciado em pessoas mais velhas.
Artigo inspirado por esta lista do Mashable
Fonte:http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Neurociencia/noticia/2014/03/6-formas-com-que-tecnologia-afetou-nossos-cerebros.html
Neuroplastia digital (Foto: Flickr/Creative Commons) 

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