CRISTO REDENTOR NO RIO - A MAIOR E MAIS FAMOSA ESCULTURA EM ART DÉCO DO MUNDO



Cristo Redentor. Uma das 7 maravilhas do mundo.

A maior e mais famosa escultura Art Déco do mundo, a estátua do Cristo Redentor começou a ser planejada em 1921. É um dos principais pontos turísticos do Rio e recentemente foi eleito uma das Sete Maravilhas do Mundo. Está situado no Parque Nacional da Tijuca, no Morro do Corcovado – que possui 710 metros de altura –, de onde se pode apreciar uma das mais belas vistas da cidade.

Riowonders

Literalidade do Símbolo: Corcovado/Cristo Redentor (RJ)
17/4/2010

O símbolo fala para o fundo das pessoas. Traduzi-lo, nem sempre em sua literalidade, é antes de tudo, uma arte; a arte da interpretação, que em alguns casos, cumpre o papel da revelação de algum mistério, de um segredo, do secreto, e mesmo às vezes, do sagrado que se encontra por trás da aparência da realidade. O símbolo permite enxergar o que não está ali, mas, ali está. O que não é tangível, mas é perceptível aos olhos do poeta, do místico, de homens e mulheres que estão em conexão e são sensíveis à existência de outras dimensões da realidade.

Símbolo da cidade maravilhosa, o Cristo Redentor, recentemente foi eleito uma das sete novas maravilhas do mundo. De braços abertos para a baía de Guanabara, ainda sob a forma da Cruz Cristã, oferece uma alternativa libertadora para o Cristianismo Novo: desça da cruz! Assim, do alto do Corcovado essa imagem parece proteger, zelar e abençoar o Rio de Janeiro, e a todos que ali sobem e se colocam aos seus pés, só para vê-lo, para orar ou deslumbrar ao olhar o céu que desde sua altivez descortina o horizonte infinito.

Eis que no céu desse ano está desenhada também a literalidade do símbolo, a tal da Cruz Cristã, anunciando a cardinalidade desse tempo. Tenho dito em minhas palestras, oficinas e atendimentos que o ano de 2010 é a partida para o século 21. Isto porque em nenhum outro momento da história recente há se formado tal configuração planetária. Plutão sobre o solstício de Capricórnio, Urano e Júpiter se aproximando do Equinócio de Áries e Saturno entrando no ponto cardinal de Libra. Astros de magnitudes, distâncias e ritmos tão distintos coincidiram posicionar-se nos pontos cruciais do Zodíaco, solstício e equinócios, que são os lugares do céu em que o Sol, ao passar por ali, dá início às estações.

Deriva dessa idéia um dos mais antigos e esotéricos simbolismos da Cruz Cristã (ver Propósitos Psicológicos, de Serge Raynaud de La Ferriere). A relação da origem do Cristianismo com a observação dos ciclos da natureza, monitoramento do tempo e criação dos calendários ajustados para as festividades religiosas: a parte pequena da cruz representa o dia menor que a noite, que ocorre no hemisfério norte com a chegada do Sol ao Trópico de Capricórnio, por ocasião da festividade do Natal. O lado maior da cruz é o dia maior que a noite, quando o Sol ingressa no Solstício de Câncer, e celebra-se a Festa do Grande Fogo, e os fogos de São João. Os braços iguais da cruz são os equinócios, Áries (Páscoa) e Libra, dia e noites têm a mesma duração.

Enquanto observador do céu, eu não poderia deixar de notar a relação simbólica entre esse raro posicionamento planetário mencionado e a cruz cristã em suas várias acepções, mesmo que seja uma permissão poética para um devaneio. Mas a verdade é que recentemente estive em Washington e numa palestra que fiz para amigos, entre outros assuntos, toquei nesse tema da Cruz Cristã, anunciando “uma profunda crise na Igreja Católica”, por conta de tal configuração. Na sequência dos dias, começaram rumores e pressões sobre posicionamentos do Pontífice e parece que ainda há muita lenha para queimar nessa fogueira.

O que mais me chama a atenção na literalidade do símbolo é que no imaginário coletivo já haviam derrubado a estátua do Cristo em águas diluviais, no catastrófico filme 2012, que anuncia o fim do mundo. Porém é a interdição imposta aos acessos ao Corcovado, com mais de 250 pontos de deslizamentos devido às chuvas que caíram sobre o Rio de Janeiro, que realmente me fez refletir sobre a força dos símbolos. Em função das obras de reparos, mexeram na imagem do Cristo Redentor, o colocaram literalmente dentro de uma cruz de andaimes, ferros e vigas, aprisionaram seu altivo campo de emanação de harmonia e beleza, faltando apenas nele estar escrito: fechado para balanço. Assistimos dias de um Rio sem o Cristo, sem ordem, sem governo. Se não existiam evidências de que de sua forma emanam poderosos campos de proteção para a cidade inteira, ao menos simbolicamente. Sem ser catastrófico, deveríamos nos preparar para o que está por vir. 

 José Maria Gomes Neto, astrologo










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