INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NAS ESCOLAS : O QUE NÓS REALMENTE DEVERÍAMOS ENSINAR NAS ESCOLAS

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Inteligência emocional: o que nós realmente deveríamos ensinar nas escolas

07/21/2015


As escolas existem para para exercitarmos nossas aptidões acadêmicas, mas quando se trata de emoções, temos que nos virar sozinhos.

Conflitos internos muitas vezes atrapalham o desempenho escolar de muitos alunos. Então por que nós não os ajudamos a desenvolver a inteligência emocional junto com a acadêmica? Será que os dois não são igualmente importantes? Tenho certeza de que eu teria me beneficiado de uma aula que ensinasse os muitos fatores que afetam a nossa felicidade, ou contribuem para a nossa motivação (ou falta de), ou de técnicas que nos ajudassem a nos concentrarmos em sala de aula.
Isso melhoraria o desempenho geral dos alunos em todas as disciplinas, porque nossas emoções governam a nossa capacidade de aprender. Os alunos precisam de orientação para navegar suas mentes, que são complexas e muito difíceis. À medida que envelhecemos, nossa identidades se desenrolam diante de nós, e nós operamos nossas mentes incansavelmente, apenas para nos mantermos inteiros.
Mas, ultimamente, os alunos não têm tido tempo para perseguir suas próprias identidades, porque estão todos muito ocupados estudando para passar nas provas. Muitos de nós nos perdemos de quem somos ao longo do caminho e passamos o resto de nossas vidas tentando nos encontrar novamente.
Infelizmente, muitas escolas recusam a idéia de investir tempo e esforço em desenvolver a inteligência emocional de seus alunos.
Ninguém estuda nada sobre felicidade ou motivação, ou sobre como se concentrar em aula. Mas por quê? Estas são qualidades que esperamos ver em qualquer aluno – motivação e foco – e quando não vemos, nos aproximamos do aluno para saber qual é o problema. Como eles poderiam saber? Ninguém nunca os ensinou o que poderia contribuir para a sua falta de motivação ou sobre a dificuldade em se concentrar. Em vez disso, os diagnosticamos como “clinicamente desinteressados” na escola.
Nós culpamos os alunos. Mesmo que ninguém nunca tenha parado para ensinar a esses alunos os aspectos técnicos de suas mentes e de suas emoções. Esperamos que os alunos entendam suas emoções da mesma forma como nós esperamos que entendam matemática, ciências ou gramática – temas que passamos anos plantando em seus cérebros – mas não dedicamos sequer um pingo de educação para as emoções.
Quando perguntamos qual é o problema, eles não têm a menor ideia.
Como podemos esperar que essas crianças tenham as respostas? Esse trabalho é do educador. Mas como ninguém sabe o que está causando todas essas emoções perturbadoras, prescrevem drogas para silenciar as “distrações”, deixando-os confortavelmente entorpecidos.
Nós os tratamos com antidepressivos e estabilizadores de humor – tranquilizantes, essencialmente – e comprimidos destinados a ajudá-los a se concentrar e a melhorar o seu desempenho global. Estes medicamentos muitas vezes colocam a criança em risco, sem mencionar o custo. A indústria farmacêutica, como era de se esperar, está crescendo rapidamente. Nesse meio tempo, os níveis de depressão são sempre crescentes, as taxas de suicídio estão subindo rapidamente, a cada dia mais alunos são diagnosticados com TDAH e, então recebem Ritalina, a correção rápida, fácil e imediata.
Isto só trata os sintomas do problema. O TDAH é um efeito colateral da educação ineficaz. Mas em vez de reestruturarmos a educação de uma forma que funcione para os alunos, continuamos tentando desesperadamente espremê-los em moldes nos quais continuam não cabendo.
No modelo atual, a educação só se preocupa com o intelecto acadêmico, distanciando-nos de nossas próprias emoções nesse processo, apesar do fato de as emoções serem uma força constante, e muitas vezes a mais difícil de operar e entender. Existem métodos para fortalecer e exercitar nossa inteligência emocional, mas estes têm sido em grande parte deixados de fora da educação. Já foram considerados um desperdício de tempo. Mas pergunto o seguinte: qual é o sentido de ensinar alguma coisa aos alunos, se não os ensinarmos primeiro a compreenderem a si mesmos? Que benefício terá empurrar toda essa academia goela abaixo dos alunos, se não os ensinarmos a engolir e digerir tudo isso?
~ Dakota Snow, escritora
Tradução livre de Jeanne Pilli do original:
http://www.elephantjournal.com/2014/01/emotional-intelligence-what-we-really-need-to-be-teaching-in-school-dakota-snow/


Fonte:http://equilibrando.me/2015/07/21/inteligencia-emocional-o-que-nos-realmente-deveriamos-ensinar-nas-escolas/

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