O QUE MEU FILHO ME ENSINOU ?

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O que meu filho me ensinou ?


Ainda em ritmo de resoluções de ano novo, parei para refletir o que minha filha me ensinou nesse primeiro um ano e meio de vida. Isso porque sempre ficamos demais no que nós pais devemos ensinar, como devemos ensinar e quando os pequenos estão prontos para casa etapa.
Foi então que me dei conta do quanto mudei. Do quanto aprendi, do quanto me transformei. Caiu a ficha! Minha filha me ensinou e me transformou muito mais do que eu a ela!
E tudo começou imediatamente com a sua chegada. Na mesma hora uma clama tomou conta de mim. Uma certeza de que eu daria conta de cuidar daquele serzinho minúsculo. Sempre tive medo de não saber o que fazer. De não dar conta do recado. Mas naquela hora não. Tinha certeza de que estava no controle.
Então minha filha me ensinou a calma e a coragem.
Dia a pós dia, eu tentava ser melhor. Superar medos, superar os meus defeitos, superar as adversidades da vida. Tudo para poder oferecer pra ela um ambiente equilibrado, feliz, próspero.
Parece que me blindei contra o pessimismo. Passei a acreditar (e entender) que a vida é muito mais do que um momento de dificuldade. Percebi que a dificuldade pode ser maravilhosa porque quando encaramos de frente, nos tornamos mais fortes.
Então minha filha me ensinou o otimismo.
A medida que ela cresce e adquire novas habilidades, vejo que cada vez menos tenho o poder de protegê-la. Posso orientar, ensinar, acompanhar. Mas é impossível viver protegendo-a de todos os perigos e males desta vida. É impossível evitar que se machuque ao tentar superar um obstáculo ou que fique doente porque está vivendo cada vez mais “do lado de fora”. Esses momentos de dor fazem parte do crescimento.
Então minha filha me ensinou que eu não tenho controle sobre nada. A vida está no comando.
Quando um filho nasce, nasce também a expectativa materna. Inevitavelmente passamos a idealizar ou a projetar em algum nível, momentos, realizações e como será aquele ser no mundo. Mas de repente, seu próprio filho te mostra que nada disso importa. Que o que importa mesmo é ser feliz e mais nada. Que alcançar expectativas e projeções, funciona para números e dados e não para pessoas.
Então minha filha me ensinou que a liberdade, respeito e individualidade são essenciais. Mesmo quando estamos falando de um bebê.
Passei a ficar mais atenta com a saúde. Da forma como me alimento como me exercito, como descanso e de que forma e em que ritmo trabalho. Quero estar bem e saudável para curtir a vida ao lado dela até ficar bem velhinha.
Então minha filha me ensinou a estabelecer prioridades e privilegiar a qualidade de vida e o bem estar.
Hoje sou uma pessoa mais responsável na hora de consumir ou de me relacionar com o meio ambiente. Quero que a minha pequena tenha bons exemplos em casa. Mas principalmente, quero contribuir com práticas para um mundo melhor para ela e seus filhos.
Então minha filha me ensinou a ter responsabilidade socio-ambiental. Me fez ver que pequenas atitudes podem sim mudar o mundo para melhor.
Depois que ela nasceu, adquiri um olhar mais humano perante as situações. Entendi que somos falhos, frágeis. Que erramos, nos arrependemos e podemos mudar de opinião. Percebi o quanto podemos ser cruéis a julgar uma situação ou uma atitude. E o pior: que muitas vezes julgamos sem saber de verdade os motivos ou circunstâncias para uma pessoa agir dessa ou daquela maneira. Uma palavra, um julgamento equivocado pode ser devastador para alguém.
Então minha filha me ensinou compreensão. Me mostrou que não devemos julgar e apontar erros ou falhas. Muito mais valioso é estender a mão e ajudar.
A verdade é que sigo aprendendo. Assim como a cada dia minha bebê tem uma nova conquista, eu como mãe também tenho. Sigo me melhorando, evoluindo. Claro que existem mudanças mais profundas que são difíceis e as vezes sentimos que regredimos um pouco. Normal. Faz parte da vida, do processo de transformação.
O que importa é estar sempre atenta e seguir em frente. Ter em mente o objetivo maior de toda essa jornada da maternidade: trocar amor, ensinar amor, transmitir amor.

Fonte:http://eduquesemmedo.com.br/2015/01/05/o-que-meu-filho-me-ensinou/

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