OS SEGREDOS DO SOM...O SOM DO CORAÇÃO

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Os Segredos do Som… O Som do Coração



De onde viemos, como o universo começou?
A ciência está buscando, explicações para o começo do universo, uma delas é a Teoria das Cordas que diz que a unidade fundamental da matéria são cordas vibrando, que ao vibrarem compara-se à música. Enquanto uma corda de violino soa uma nota, as supercordas soam elétrons, quarks, gluons, taurinos e neutrinos, todas as partículas de matéria.

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Poderia-se dizer que a realidade da existência das pessoas e das coisas têm a música na sua unidade fundamental.
Partindo desta ideia eles continuam a buscar repostas mais recentemente com a teoria “M” [Teoria da Membrana] que une a teoria das cordas a idéia de universos paralelos.
A ciência está agora teorizando e chegando a “conclusões” sobre  conhecimentos que já são antigos.
Se quiser conhecer estas atuais teorias da ciência aqui tem um filme bastante elucidativo. [You Tube- BBC]

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Na história da humanidade, agora em termos espirituais, eis como foi salientada para nós a criação e a importância do som…
“No começo foi o verbo”.
O Universo foi criado pela palavra – o Criador não atuou. Ele falou.”Seja feita a Luz!” e a luz foi feita.
Os mais profundos conhecimentos de todos os tempos foram assim velados pelo simbolismo e pelo mito.
Aqueles mestres da antiguidade nos informaram que a formação deste universo, sua manifestação, foi originada do sopro e da palavra do criador – pelo som!
Certos sons produzem combinações de vibrações diferentes no éter. Algumas foram de tão baixa frequência que formaram partículas daquilo que chamamos matéria, ou substância física. Não poderia haver Luz, como a conhecemos, sem as diminutas partículas da matéria no éter, para refleti-la.
A escala de vibração pode ser dividida em:
1º Raios-X e as sutis vibrações da mente;
2º Vibrações da Luz e da Cor;
3º Calor
4º Som
5º Substâncias químicas que constituem o mundo físico.
Pelo estudo de tais teorias, podemos perceber a íntima conexão entre o Som e todas as outras expressões da vida. O som está na parte mais baixa da escala, justamente acima da forma. O som é, portanto, o intermediário entre a idéia “abstrata” e a forma “concreta”. O som modela o éter em formas, através das quais a força correspondente (intenção) tem a capacidade de atuar e imprimir a sua característica na matéria física.
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Este antigo conhecimento pode ser encontrado em muitas culturas da humanidade, na Índia gerou uma prática espiritual conhecida como “mantra“. É o som como forma de transcendência.
Sob a égide do Tantra, a antiquíssima prática de recitação de mantras tornou-se uma arte muito sofisticada. Os ensinamentos tântricos são também chamados de mantra-shânstra, pois o tema sobre o qual mais versam é a “ciência dos mantras”. O Budismo Tântrico do Tibete é chamado de Mantrayâna. a palavra mantra é explicada esotericamente como derivada dos termos manana (“pensamento”) e trâna (“libertação”). Ou seja, um mantra é um pensamento, um instrumento de Intenção consciente.
À semelhança de mundo das formas (onde a escala vibratória acima pode bem exemplificar), o som procede do Absoluto segundo uma série de etapas distintas. O Tantrismo propõe para a fala (vâc, latim vox) um modelo de quatro fases:
1. a suprema” – o som como pura potencialidade, idêntico à pura ideação cósmica do Criador, ou seja, à vontade divina, que nasce da união de Shiva e Shakti. Este é o nível som interior sutil.
2. ”fala visível” – o som como imagem mental anterior ao pensamento. É este o nível do ponto seminal que nasce do som sutil..
3. “fala intermediária” – o som como pensamento, correspondente às matrizes a partir das quais são criados os sons audíveis distintos.
4. “fala manifesta” – o som audível, também chamado “som grosseiro”, etapa final no processo de “adensamento crescente”.
No Oriente, há muitas gerações que os mantras são empregados não somente em contextos sagrados, mas também como palavras mágicas para fins profanos, como a cura, às vezes, a magia negra. Entretanto, são importantes como meios de interiorização e intensificação da consciência até o ponto em que todos o conteúdos desta são transcendidos.
No ser humano temos vibrações de forma natural, nos chakras que são pontos de intersecção entre vários planos e através deles nosso corpo etérico se manifesta mais intensamente no corpo físico. A palavra vem do sânscrito e significa roda, disco, centro, plexo. Nesta forma eles são percebidos por videntes como vórtices (redemoinhos) de energia vital, espirais girando em alta velocidade, vibrando em pontos vitais de nosso corpo.
São sete os principais chakras, dispostos desde a base da coluna vertebral até o alto da cabeça e cada um corresponde à uma das sete principais glândulas do corpo humano e a uma nota musical. Cada um destes chakras está em estreita correspondência com certas funções físicas, mentais, vitais ou espirituais. Desta forma os mantras são usados para equilibrar os corpos deste o mais sutil, até o físico usando como referência o mantra e a nota apropriada para o chakra ou função em desequilíbrio.

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Repare como as atuais Teoria das Cordas e Teoria “M” assemelham-se, em certos aspectos, com as antigas ideias explanadas de fontes não científicas, mas de conhecimentos espirituais.
Ao abrirmos nossas mentes para o que se apresenta no mundo, as muitas fontes que existem, sejam atuais ou antigas, podemos perceber que espiritualidade e ciência começam a se tornar “uníssonas”. E algum dia serão em toda sua amplitude.
Podemos então, chegar a conclusão de que o som e suas manifestações humanas como a música e a fala, realmente não são apenas uma forma de entretenimento e comunicação, mas uma, já reconhecida, ferramenta de evolução, pois o som faz parte também de nossa essência, de nossa origem. Reconhecer isto, talvez, nos desperte uma melhor utilização das vibrações que nós mesmos compomos( as palavras), e de sua origem (o pensamento), e uma maior compreensão das consequências dos sons a que estamos sujeitos. Alguns deles são negativos e se não podemos nos abster destes sons, ao menos podemos nos equilibrar tendo momentos em que nos proporcionamos sons de boa influência, músicas ou mantras.
Se refletirmos sobre todos estes conhecimentos, teorias que muitos já comentaram e falaram em diversas filosofias, as novas descobertas da ciência e técnicas de uso da música, podemos realmente perceber que o som pode ser utilizado para mudar a realidade de nossas vidas para melhor, pois, se o som é o estágio anterior a forma, ele é o veículo da cristalização do pensamento, cria a nossa realidade, e somos nós então, co-criadores do universo interno e externo.
E foi o Mestre Jesus que disse: “Vós sois Deuses!”
Em todo homem repousa a partícula da divindade do Criador, com a qual pode a criatura terrestre participar dos poderes sagrados da Criação, é de nossa responsabilidade a criação de nossa própria realidade.
o universo em nossas mãos
Muitas pessoas já fazem um bom uso do som aliando a música aos momentos de espiritualidade, as orações, as práticas meditativas, a momentos de relaxamento e alegria. Com certeza têm boas influências vibratórias que as aproximam mais das esferas superiores, de Deus. A música ajuda a canalizar as energias com maior intensidade, pois evoca sentimentos da mesma frequência.
Mas imagine se pudéssemos ampliar este comportamento e a partir disto termos uma prática constante em ter cuidado com o som e usá-lo da melhor maneira possível, realmente cuidando aquilo que pronunciamos, encontrando maneiras criativas de nos comunicarmos sempre de forma positiva e construtiva, ou em alguns momentos optando pelo silêncio ao invés de pronunciar qualquer coisa negativa que nos prejudique ou aos demais. Nos alimentando constantemente de músicas que nos estimulassem sentimentos de paz, harmonia, alegria, amor ou apenas nos deleitando com o silêncio purificante, deixando fluir de nossa alma o som e a luz interiores.
Recebemos o som desde nossos primeiros instantes de vida. Com o tempo, a percepção sonora tende a se expandir, embora não seja isto o que ocorre com as pessoas ou, pelo menos, com a maioria delas. Muitas pessoas, ao contrário, perdem esta sensibilidade do ouvir, do escutar, com o passar do tempo. Ouvem, mas não escutam. Estamos tão cercados de sons por todos os lados que ocorre, por exemplo, o tal do “mascaramento do som”, ou seja: ouvimos aquilo tudo o que está à nossa volta, inevitavelmente, mas só escutamos aquilo o que nos chama atenção e / ou aquilo o que nos convém.
Expandir e aperfeiçoar nossa percepção audível requer treinamento, atenção e sensibilidade. É difícil encontrar alguém que não goste de ouvir os sons, seja os da própria natureza, seja aqueles produzidos pelo homem. Qualquer pessoa sente de onde “vem” um som, seja uma nota musical, uma explosão, a voz humana ou um simples ruído (conceito de paisagem sonora) e isso inclui pessoas com deficiência ou dificuldade audível ou até mesmo na falta total de audição. Essa percepção deve-se a uma característica fundamental do som, que é sua origem, sua essência: vibrações. E não só de som, enquanto elemento físico, e de vibrações que vive o som.
O som leva à Sinestesia, que é a capacidade pela qual uma mensagem veiculada num determinado código incorpora sensações pertencentes a um outro. É isso o que acontece com o som: o som é uma mensagem que tem cor (visão), tem textura (tato) , tem cheiro (olfato). Através da vibração, de um timbre, sabemos se a música é áspera, macia, calma, branca, azul, multicolor e por assim vai…
Vibração é o som que você não “ouve”. Ou melhor, é exatamente aquele que você ouve com os ouvidos e sente na própria pele e no coração! Acontece que não é só o ar que nos cerca que vibra quando uma onda sonora se propaga. Quase todo e qualquer corpo vibra, mais ou menos, dependendo da densidade, do seu volume, da sua forma e da característica da onda que o atinge.
Cada objeto tem sua característica própria, como o tipo de material de sua composição, sua forma construtiva, densidade etc. Então, cada um tem sua própria freqüência de vibração. Cada um na sua frequência!
Nosso corpo vibra, nossas células vibram, somos constituídos por átomos, que por sua natureza estão sempre vibrando, dançando, circulando, assim como a dança dos elétrons, a dança cósmica do universo.
Cada pessoa e cada objeto possui a sua “nota chave”. Em outras palavras, a soma de suas vibrações (da pessoa ou objeto, substância física ou material) respondem a uma nota particular, ou acorde, da escala musical. Se a nota ou acorde de uma pessoa for tocado, delicada e melodiosamente, provoca-lhe uma influência curadora e construtiva. Se for tocada ruidosa, áspera e continuamente, provoca uma influência correspondente destrutiva, tornando aquela pessoa doente e infeliz.
Foi dito que as muralhas de Jericó ruíram em virtude desta lei, pois a nota chave das muralhas foi propositadamente soada com o contínuo troar das trombetas, levando assim a sua destruição.
Se uma pessoa conseguir descobrir sua própria nota chave, ou acorde, entoando-a docilmente para si mesma, reviverá como se houvesse uma mágica. A nota chave pode ser apurada ouvindo alguma boa música orquestral. Quando a nota é tocada, provocará uma emoção no seu ouvinte.
evolução da alma
Realmente temos a capacidade de reconhecer muitas coisas pelo som, de forma consciente ou inconsciente. Se formos mais conscientes neste sentido podemos agregar mais este conhecimento que tem fontes por toda nossa volta, para nos compreender melhor e aos outros. Para nos melhorar como seres humanos e contribuir para a elevação vibratória de nosso mundo.
Já dizia Confúcio que “Se quisermos saber em que civilização vivemos devemos analisá-la pelo tipo de música que se escuta.”
Àqueles que realmente desejam tirar os melhores resultados possíveis da vida…
Deveriam evitar todos os ruídos desarmoniosos e todo palavrório supérfluo;
Deveriam alimentar seus seu espírito e nervos com música;
Deveriam cantar seguidamente, procurando ater-se mais ao ritmo e a ressonância do que as notas barulhentas e altas;
Deveriam estudar o tom de suas próprias vozes para obter uma percepção exata de seus próprios caracteres (que podem, no momento, estar em harmonia com a verdade de seu íntimo, com sua essência ou não);
Deveriam cuidar e guardar suas próprias palavras, lembrando que ao falar estão construindo formas definida para o bem ou para o mal, que perduram no éter e que se ligam seu dono com as boas ou más influências, (criando sua própria realidade) e atraindo para ele muitas coisas que, ignorantemente, considerará como não tendo merecido.
Os segredos do som, não são tão secretos para os que buscam… Basta se abrir… Basta ouvir… E utilizar este conhecimento em prol de sua evolução. Tornando as teorias uma pratica do bem viver.
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Mas podemos perceber que, há muito tempo, a música tem sido usada para alterar vibrações (nos provocar emoções), principalmente na Arte do cinema.
Lembrem-se de alguma cena emocionante de algum filme, se retirássemos a música daquele momento sublime, triste, alegre, romântico, dramático, misterioso, de ação ou aventura vertiginosa, restaria uma imagem quase que sem emoção alguma e que diminuiria a intensidade da mensagem a ser passada.
Ou nas situações do dia-a-dia muitas vezes podemos reconhecer quem está bem ou não pelo tom de voz.
O conhecimento está em todo lugar, a Arte é uma das formas mais saborosas de absorver conhecimento e de compartilhá-lo.
Quer um exemplo?
Você já assistiu o filme August Rush [O som do Coração]?
Este filme atual aborda, através da sétima arte, todos os pensamentos explanados aqui.
O som é a origem da forma, toda forma ou substância tem seu próprio som. Ter a capacidade de entrar em contato com isto, mesmo que de forma inconsciente, através da inspiração e sensibilidade é um talento, um dom musical. Muitas pessoas tem este dom, em suas diversas intensidades e fluidez.
Mas ter a capacidade de sentir e ouvir o som original de toda forma e harmonizá-las em uma expressão musical é com certeza estar o próprio ser mais perto da divindade. É estar em tão íntimo contato com a criação e em comunhão com o criador que flui para a realidade como talento. É a sublimação do dom musical humano de criar. Talvez August Rush expresse com mais clareza o talento de muitos mestres da música que deixaram seu legado e talvez também de alguns que existem em nossa época.
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Observe algumas frases presentes no filme:
Freddie Highmore – Evan Taylort [August Rush]:
Ouça! Consegue ouvir?
A música?
Eu consigo ouví-la em qualquer lugar…
No vento… No ar… Na luz… Está ao nosso redor…
Agente precisa se abrir… Agente só… Precisa ouvir.
Ele seguiu a música com o único objetivo de encontrar seus pais e criou através da música toda sua história, toda sua busca por eles, todo seu desejo de encontrá-los, todo seu amor, as notas chaves que os atrairiam. Pois tudo que ele sentia através dos sons, ele já pressentia que eles existiam e que sua relação era de puro amor.
Robin Williams – “Wizard” [Mago]:
Você sabe o que é música?…
É um lembrete de Deus de que tem alguma coisa além de nós no universo… Ligação harmônica entre todos os seres vivos, em todo lugar… Até nas estrelas.
Sabe o que tem lá fora?
Uma série de tons maiores… É um arranjo da natureza governada pelas leis da física, do universo inteiro… Som harmônico, energia pra estar de acordo…
Esta personagem representa para mim o materialismo do dom musical, a perda de conexão da alma com o universo. Ele tem todas as percepções latentes que Evan tem, ele percebe isto no universo, porém perdeu sua ligação interna consigo mesmo, com a música, com Deus. Ele ama a música, mas perdeu seu amor próprio ao transformar a música em um meio de sobrevivência que parasita o talento dos outros. Ele percebe a sinfonia do universo, porém sua nota chave está destoando desta comunhão, ele perdeu sua conexão com sua própria alma. Enquanto que August Rush participa desta comunhão e a compartilha com todos através de seu dom, por que sua nota chave é uníssona com o universo e ele a expressa através do som do coração… O Amor.
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A maioria de nós é como o “Mago”, mas podemos ser como August Rush. Muito provavelmente não nos tornaríamos todos compositores, pois cada um tem seu talento latente e único e talvez ainda não descoberto, mas as possibilidades, quando se sabe que é o responsável pela realidade que nos cerca, é infinita e ilimitada.
Escolha suas músicas, escolha seus pensamentos, escolha suas palavras, seja o regente de sua vida.
Pois, tão importante quanto buscar respostas sobre nossa origem e a do universo é buscar maneiras de viver melhor agora.

Nosso Mundo
[Este texto foi inspirado em uma discussão na comunidade Caminho Espiritual, onde alguns membros trouxeram suas contribuições de textos como de Gil Mahadeva, de fontes de conhecimentos sobre Física Quântica, de fontes de suas crenças, de livros como "A descoberta do terceiro olho" (Vera Stanley Alder), "A Tradição do Yoga” (Georg Feuerstein) e de nossas próprias impressões e conclusões sobre o assunto. E claro, de minha busca pessoal no caminho espiritual e minhas percepções pessoais sobre o filme.]
Fonte:http://witchbel.wordpress.com/tag/caminho-espiritual/

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