GUIGNARD - UM GRANDE MESTRE BRASILEIRO DA PINTURA DA NATUREZA

*FOTO: Guignard, 1896 – 1962. Pinakotheke (pág. 43); Rio de Janeiro, 2005.

Alberto da Veiga Guignard (Nova Friburgo RJ 1896 - Belo Horizonte MG 1962)
Muda-se com a família para a Europa em 1907, entre 1915 e 1923 freqüenta a Real Academia de Belas Artes de Munique e estuda com Hermann Groeber e Adolf Hengeler. Aperfeiçoa estudos em Florença e participa do Salão de Outono em Paris. Em 1929 retorna para o Rio de Janeiro, integra-se ao cenário cultural e conhece Ismael Nery, Candido Portinari, Di Cavalcanti e Oswaldo Goeldi. Participa e é destacado por Mário de Andrade como uma das revelações da mostra do Salão Revolucionário de 1931. De 1931 a 1943 empenha-se no ensino de desenho e gravura na Fundação Osório, no Rio de Janeiro. Em 1943, passa a auxiliar alunos em seu ateliê e forma o Grupo Guignard. Realizada no Diretório Acadêmico da Escola Nacional de Belas Artes, a primeira e única exposição do grupo, é fechada por alunos conservadores e reinaugurada na Associação Brasileira de Imprensa. A convite do prefeito Juscelino Kubitschek, em 1944 muda-se para Belo Horizonte e começa a lecionar e dirigir o curso livre de desenho e pintura da Escola de Belas Artes, por onde passam Amilcar de Castro, Farnese de Andrade e Lygia Clark, entre outros. Em 1962, em sua homenagem, a escola passa a se chamar Escola Guignard. Sua produção compreende paisagens, retratos, pinturas de gênero e de temática religiosa. Em 1996, foram realizadas exposições comemorativas no Rio de Janeiro, em São Paulo e Belo Horizonte ao centenário de seu nascimento.

Fonte:http://www.pinturabrasileira.com/

Guignard revisitado


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“As gêmeas” de Guignard

BITI DIZ: Houve um tempo em que eu achava que não gostava de bijuterias. Usava um anel de prata, um relógio bacana, eventualmente uma peça antiga, de família ou de brechó, e só. Meu minimalismo durou até o dia em que conheci Mary Figueiredo Arantes e suas criações para a Mary Design. Rolou um encantamento instantâneo e num segundo foi-se embora minha atitude blasé. Eu parecia uma criança na frente de uma vitrine de doces, queria provar tudo. E a exlicação para esse acesso de  desejo é muito simples: pela primeira vez tinha encontrado bijuterias com alma, peças que pareciam carregar histórias e segredos, que não eram “a cara da estação”.
Desde então espero ansiosamente pelas coleções e catálogos, feitos com muito cuidado, por Mary e sua equipe. Esta, que acaba de chegar, chama-se “A Flor do Abacate” e celebra a obra do pintor fluminense Guignard.
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“A Nova Flor do Abacate” era o nome do curso criado pelo pintor ao retornar da Europa, em 1929. As aulas aconteciam na casa que tinha sediado um cabaré, conhecido como A Flor do Abacate. Aliás, a tal flor possui os órgãos feminino e masculino e dura apenas dois dias.
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“Marinheiro”, de Guignard

“Guignard foi um apaixonado, seus famosos cadernos, recheados de bilhetes e cartões de amor platônico são um caso à parte em sua obra.” Mary F. Arantes
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Dizem que Guignard costumava começar suas aulas assim: “Minhas senhoras e meus senhores, hoje vou apresentá-los ao amarelo”.

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“Cidades e cores aéreas, corações e balões no espaço, delicados signos e fragmentos do desenho e da pintura de Guignard que, emprestados, ganham, numa nova linguagem, a dimensão de verdadeiros adereços de arte.” Letícia Julião, superintendente de Museus do Estado de Minas Gerais
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“Guignard traduziu em traço e cor o seu mundo interior, particular e único. Um belo mundo tanto na dramaticidade de seus santos flagelados quanto na exuberância de suas flores e na delicadeza de suas cidades imaginárias.” Priscila Freire, diretora Map
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“Noite de São João” de Guignard

“Guignard veio para Minas na década de 40 a convite de Juscelino, aqui em BH fundou, no Parque Municipal, a Escola Guignard. Ouro preto foi a cidade que este fluminense escolheu para viver e para virar semente. Mora hoje entre o mar de montanhas que tanto amou, lá no cemitério da Ordem Terceira de São Francisco, adornado pelo Aleijadinho, semeando balões em céus imaginários.” MFA


Fotos do catálogo: Gustavo Marx/Produção de moda: Mariana Sucupira/Beauty: Léo Caffé
Museu Casa Guignard: rua Conde de Bobadela, 110, Ouro Preto, Minas Gerais
PS- Dedico esta matéria ao Oliveros que tinha feito um post, semanas atrás, sugerindo temas brasileiros aos nossos estilistas. Felizmente temos Mary Arantes e Ronaldo Fraga, para nos presentear com a nossa própria cultura

Fonte:http://blogview.wordpress.com/category/guignard/


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